A renovação mais conturbada da história recente do Atlético não está oficialmente concretizada. Apesar de existir um acordo verbal entre Paulo Baier e o presidente Mario Celso Petraglia, o novo contrato do meia até o fim de 2014 ainda não foi assinado pelas partes envolvidas.
O fato abre dúvida sobre a real situação do Maestro no CT do Caju, principalmente após a perda da Copa do Brasil para o Flamengo. Depois do revés por 2 a 0 no Maracanã, na semana passada, e do consequente adiamento da vaga na Libertadores, o mandatário atleticano entrou no vestiário muito irritado. De cabeça quente, criticou duramente todo o time, mas não citou especificamente o nome de Baier nem o de qualquer outro atleta.
Mesmo assim, ninguém tira da cabeça de Petraglia que o veterano não é peça fundamental da campanha surpreendente nesta temporada. E mais. O dirigente crê que, fora de campo, o meia também não é benéfico ao grupo.
Soma-se à especulação a não escalação de Baier para enfrentar o Santos no último domingo, partida que poderia garantir ao clube a classificação antecipada à próxima edição do principal torneio sul-americano.
O clube afirma que ele foi apenas poupado, como vem acontecendo repetidamente no ano. O empresário do jogador, Neco Cirne, vai além e diz que foi o meia de 39 anos quem pediu para não jogar por causa do cansaço acumulado.
"Ele joga normalmente no domingo [contra o Vasco]. Não teve nada além disso", explicou Cirne à Gazeta do Povo. "Também não houve nenhuma cobrança específica do presidente sobre o Paulo no vestiário do Rio", garantiu o empresário, que também gerencia a carreira de outros três atleticanos: o goleiro Renan Rocha, o volante Juninho e o zagueiro Manoel.
O defensor, inclusive, é um dos motivos que aponta para o cumprimento do acordo entre Petraglia e Baier, com ou sem classificação à Libertadores. O Furacão tem todo interesse em renovar o contrato de Manoel que vai até dezembro de 2015 para ter mais segurança e evitar que ele saia por uma multa baixa ou até de graça, já que é possível acertar um pré-contrato seis meses antes do término do vínculo atual.
Não é uma relação direta de causa e efeito, mas deixar Baier livre depois do Brasileiro ameaçaria a já pequena probabilidade de o camisa 3 estender sua relação com o Atlético.
Além disso, a quebra da promessa feita diante da torcida pegaria mal para Petraglia, que afirmou publicamente que voltou atrás somente pela comoção geral das arquibancadas. "Estamos bem tranquilos. Não foi assinado ainda, mas será", fecha Cirne.
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