A principal torcdia organizada do Atlético, Os Fanáticos, está suspensa de frequentar estádios de todo o Brasil por seis meses como punição da briga com torcedores do Vasco, domingo, na Arena Joinville. A decisão foi deferida na manhã desta terça-feira (10) em um termo de ajuste de conduta assinado pela diretoria da facção com o Ministério Público do Paraná (MPPR). Se a torcida causar algum distúrbio após essa decisão, a punição pode aumentar para três anos de proibição.
Com a punição, não será permitida a utilização de camisas da organizada, assim como faixas, bandeiras ou qualquer referência à facção. A bateria também está proibida. Em caso de descumprimento, Os Fanáticos terá que pagar multa de R$ 20 mil.
Às 17 horas desta segunda-feira, os diretores da Fanáticos darão entrevista coletiva para comentar a decisão do MPPR.
O promotor de justiça da Promotoria do Consumidor de Curitiba, Maximiliano Ribeiro Deliberador, explicou que a Justiça está trabalhando em três frentes no caso. No Rio de Janeiro está sendo analisada a situação da Força Jovem, organizada do Vasco. Em Curitiba foi feito o trabalho com a organizada do Atlético. Em Joinville estão sendo investigados os casos de tentativa de homicídio, de lesão corporal, além das responsabilidades do Atlético na solicitação do policiamento e o plano de ação da Policia Militar.
"Em relação à torcida, a única punição possível é o afastamento do estádio por no máximo três anos", explicou Deliberador. A opção pelo período de seis meses tem a ver com o fato de essa ser a primeira punição da organizada atleticana e ser igual a que a Força Jovem do Vasco sofreu em agosto do ano passado ao se envolver na morte do flamenguista Bruno Saturnino, após a final da Taça Rio entre Botafogo e Vasco. "É provável que no Rio eles tomem uma punição maior agora justamente por serem reincidentes", explicou o promotor.
Ao ser questionado sobre a ineficácia da punição, já que a própria organizada do Vasco foi punida e voltou a se envolver em uma pancadaria, o promotor explicou que a pena pode ir aumentando. "Se daqui a seis meses tiver o mesmo problema, eles ficam cada vez mais fora do estádio. Não há a impossibilidade de somar as punições. É por fato", resumiu.
Deliberador garantiu ainda que há mecanismos de identificar os vândalos no futuro como sendo da organizada, como por imagens das câmeras nos estádios, sem necessariamente estarem vestindo a camisa da facção.
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