Os quatro meses que passou sem jogar em Londres, na Inglaterra, entre fevereiro e maio deste ano, influenciaram diretamente no desempenho do atacante Guilherme Dellatorre em sua volta ao Atlético. Lesionado durante o período que passou emprestado ao Queens Park Rangers (QPR), o jogador de 22 anos ganhou experiência na passagem frustrada pela Europa. Com três gols marcados em nove partidas desde que retornou ao CT do Caju, o paulista está a apenas dois de igualar seu rendimento em 31 aparições pelo Furacão na última temporada.
"A ida dele foi frustrante por um lado porque teve a oportunidade [de atuar fora do país], mas não jogou. Mas ele ganhou, conhecendo o mercado europeu e o profissionalismo dos clubes ingleses. Foi um tempo para ele amadurecer", avalia o empresário do camisa 11, Augusto Nogueira, que em 2012 já havia levado o atacante para uma temporada no Porto B.
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Além dos dois gols na vitória sobre o Figueirense, no último domingo, Dellatorre também deixou sua marca, de calcanhar, no confronto com o Palmeiras, na estreia do técnico Claudinei Oliveira no Rubro-Negro, na primeira semana de setembro. Dois jogos depois, uma lesão no tornozelo direito tirou o atacante de combate por seis rodadas.
As contusões têm sido o principal obstáculo na carreira do artilheiro da Copa São Paulo de Juniores de 2011. Dois dias antes da estreia do Atlético na Libertadores, no dia 29 de janeiro, ele partiu, já machucado, para o QPR. Apesar do empréstimo curto, o clube inglês aceitou recuperar o jogador em um mês. Só que quando voltou a treinar e até a jogar pelo time B uma nova lesão na coxa o colocou no departamento médico por mais dois meses.
"A mãe dele passou um tempo lá [na Inglaterra]. Ele foi recebido pelo goleiro Julio Cesar e teve um bom relacionamento com todo o time, apesar de ter jogado pouco. Se tivesse tido oportunidade, certamente estaria na Premier League", opina Nogueira.
Com contrato até dezembro de 2016 e 50% dos direitos econômicos vinculados ao Furacão, Dellatorre agora espera se firmar como titular, marcar gols e quem sabe conseguir completar o sonho de jogar em gramados internacionais. "Com certeza o futuro dele é na Europa. Ele ainda tem contrato, mas a diretoria é bem flexível se o negócio for bom para todas as partes. O principal agora é ajudar o Atlético a atingir 47 pontos e ficar na Primeira Divisão", diz o empresário.
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