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Mario Celso Petraglia encabeçou a oposição à Federação Paranaense e procurou o Fluminense para articular a liga nacional | Brunno Covello/Gazeta do Povo
Mario Celso Petraglia encabeçou a oposição à Federação Paranaense e procurou o Fluminense para articular a liga nacional| Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo

A temporada 2015 é de embate extracampo para Atlético e Fluminense, que se enfrentam neste domingo (12), às 16 horas, na Arena da Baixada. Os clubes encabeçaram o racha com as suas federações estaduais. A condução do futebol nos respectivos estados aproximou as diretorias, que comungam da insatisfação com o ‘sistema’ institucionalizado.

A bronca local foi escancarada durante a turbulenta eleição da Federação Paranaense de Futebol (FPF). O Rubro-Negro juntou-se ao Coritiba e ao Paraná na linha de frente para tentar desbancar o candidato à reeleição Hélio Cury. Viraram cabos eleitorais e até financiadores da campanha de Ricardo Gomyde. O repasse atleticano teria sido de R$ 600 mil.

Do mesmo jeito que esquentou a disputa, a alta taxa de rejeição do dirigente Mario Celso Petraglia, entre os times profissionais do interior e entre os clubes amadores, pesou na apertada eleição vencida por Cury 33 votos a 25 em março. “Quem está por trás da candidatura do Gomyde é o Petraglia, que cansou de falar que os clubes amadores são um lixo”, justificou, à época, Moacir Ribas Czeck, o Maza, presidente do Novo Mundo Futebol Clube, time da suburbana da capital.

No Rio de Janeiro, Fluminense e Flamengo disputaram o Campeonato Carioca sob protesto. O enfrentamento entre a dupla e a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) foi acentuado após os clubes saírem derrotados na tentativa de derrubar as medidas tomadas pela federação sobre os ingressos. O Tricolor, inclusive, soltou uma nota ironizando a decisão.

A briga ameaçou até tirar o Maracanã da disputa do Estadual, já que a concessionária que administra o estádio se aliou à dupla Fla-Flu na oposição à federação.

A insatisfação fez o atacante Fred pregar o fim do Carioca e definir o torneio como o “ex-Campeonato mais charmoso do mundo”.

A crise no Rio despertou o apoio paranaense. “Lá no Rio a situação também é irreversível. Assim como aqui. Dos quatro grandes lá, dois estão juntos. Daqui, dos três, os três estão unidos. Ou seja, temos uma bela oportunidade. A liga vai depender da CBF, ela é que tem de aprovar”, comentou o Petraglia em entrevista à ESPN, em abril.

“Vou procurar o [presidente do Flamengo, Eduardo] Bandeira e o Peter [Silva, presidente do Fluminense] para conversarmos sobre isso. Vamos ver se a gente consegue fazer alguma coisa juntos. Seria muito interessante”, adiantou à época.

Em junho, a proposta sobre a criação da liga, feita por Petraglia em uma reunião com dirigentes na CBF não prosperou. Mas não foi abandonada.

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