Se o Atlético agradece a Vagner Mancini pelo ano surpreendente, o treinador também deve ao clube seu retorno aos holofotes do futebol nacional. Colaboração mútua que transformou a temporada de ambos.
No comando do Rubro-Negro desde julho, o paulista de 47 anos alcançou, faltando sete rodadas para fim do Brasileiro, seu melhor desempenho à frente de uma equipe na competição de pontos corridos. Hoje, às 19h30, diante do Internacional, na Vila Capanema, ele tenta manter a estatística positiva e, principalmente, se aproximar da classificação à Libertadores.
Em 24 jogos pelo Nacional, o time de Mancini somou 46 pontos pontuação suficiente para cumprir o objetivo inicial de escapar do rebaixamento. Porém, com 13 vitórias e 64% de aproveitamento, o time saiu da penúltima colocação e hoje briga pela vice-liderança. Com 52 pontos, está um ponto atrás do terceiro Grêmio e do segundo Botafogo.
A situação do treinador no CT do Caju é tão especial que mesmo que não somasse pontos até o término do campeonato, a campanha seria melhor do que seus últimos sete trabalhos. Desde 2008, quando comandou o Vitória, Mancini não fecha uma participação no Brasileiro com rendimento superior a 45%.
Nesse período, o técnico participou do rebaixamento de dois clubes. No ano passado, passou 88 dias no Sport até ser demitido em agosto com desempenho de 29%. Em 2010, permaneceu no Guarani por todas as 38 rodadas, mas não passou de 37 pontos conquistados cinco atrás do Atlético-GO, primeiro a se salvar.
O bom momento do comandante, contudo, não valerá de nada caso a vaga no torneio continental não se concretize. A distância para o Goiás, primeira equipe fora do G4, hoje é de três pontos. E por isso, nem mesmo o efeito suspensivo conquistado no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) que manteve o duelo em Curitiba, pode ser considerado uma vantagem para os atleticanos.
"Não podemos achar que vai ser mais fácil ou não por jogar na Vila", disse Mancini em entrevista a RPC TV. "Já que foi deferido [o pedido], ótimo. Economizamos tempo de viagem, estamos acostumados com o campo, o torcedor vai de forma maciça. Por isso agradou. Agora, o time tem de jogar futebol, seja na Vila ou em Joinville. Por isso já foi passado aos atletas a real necessidade de fazermos um jogo competitivo no domingo [hoje]", acrescentou o técnico, que não deve poupar ninguém no confronto. O volante Bruno Silva, suspenso, não joga. O atacante Marcelo e o lateral Pedro Botelho, que se recuperam de lesão, também são desfalques.
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