Para o advogado Antônio Carlos Bettega, o Conselho Deliberativo do Atlético, do qual é presidente, não é chapa branca mesmo tendo 100% de seus integrantes oriundos do grupo CAPGigante, que comanda o clube atualmente. A chapa, que elegeu Mario Celso Petraglia em 2011, tenta se manter no poder do Furacão agora com o médico Luiz Sallim Emed candidato ao Conselho Administrativo e o próprio mandatário atual ao Deliberativo na eleição de dezembro.
“É um mito essa história de que há um bando de cordeirinhos no Deliberativo. Acontece que 99% das ideias da diretoria coincidiam com as do conselho. As propostas eram consensuais e não podiam ser refutadas”, justifica Bettega em avaliação dos quase quatro anos à frente do Deliberativo atleticano.
Bettega lembra que alguns conflitos ocorreram nesse período, principalmente quando um grupo de 30 a 40 conselheiros fez uma série de indagações sobre o presente e o futuro do clube em maio deste ano. “Foi a única reunião que teve bate-boca. Mas logo em seguida foi feita outra reunião, com as mesmas perguntas sendo respondidas, que acabou em palmas e com todo mundo satisfeito”, relembra
Estes quatro anos, de acordo com o presidente do Deliberativo atleticano, não foram fáceis. Principalmente por tudo o que envolvia a reforma da Arena da Baixada para a Copa do Mundo. Porém, após ver o estádio concluído, Bettega avalia que foi um período extremamente positivo para o clube e pelo legado que fica para Curitiba.
“O conselho foi uma peça importante na gestão política da coisa toda. Não foi bolinho. Foi difícil, mas supergratificante. A obra está aí e esses conselheiros podem contar para os netos que participaram dessa epopeia que terminou bem e vai terminar melhor ainda”, avalia.
Este otimismo decorre da opinião do dirigente de que em breve a prefeitura terá o mesmo entendimento do Atlético de que a conta final do acordo tripartite para pagar a reforma do estádio é de R$ 346 milhões. O prefeito Gustavo Fruet mantém o posicionamento de que o valor a ser dividido com o estado e clube é o assinado antes da reforma, de R$ 184 milhões.
“Todo o contrato, os documentos assinados pelas partes, é inequívoco que é um terço para cada lado. Não tem o que discutir. Está sendo discutindo, mas vai acabar nessa interpretação”, aposta no valor de R$ 346 milhões.
Despedida
Discussão, por sinal, é algo que não faltou nesses quatro anos de Bettega na presidência do Deliberativo. “Na história do Atlético foi o conselho que mais se reuniu. E não eram reuniõezinhas de gatos pingados. Eram sempre 160, 170 pessoas”, relembra. “Isso não é comum. Pegamos um período que precisamos fazer reunião no CT, que é complexo, mais longe, mas a presença sempre foi maciça”, exalta.
Porém, depois de se dedicar ao comando disso tudo, Bettega admite que não terá nenhum cargo na próxima gestão. “Cansei, foi duro. Esses anos não foram fáceis. Meus cabelos podiam estar mais bonitos do que estão, brancos. Foi uma decisão estritamente pessoal. Eu acho que nesse momento eu não estou com o pique que eu tinha para dar ao Atlético o que o Atlético merece”, justifica, negando qualquer sofrimento. “Eu fazia porque dava um prazer enorme e, modéstia à parte, fazia bem. O jogador de futebol tem que parar quando está jogando bem. Acho que é a mesma coisa”, finaliza.
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