Petraglia vai se reunir com representante da empresa espanhola Lanik para falar sobre o teto retrátil| Foto: Albari Rosa / Gazeta do Povo
Uma das críticas da Lanik é em relação ao tamanho do guindaste desponsável pela obra do teto.
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Uma reunião de urgência está marcada para terça-feira (17), às 11 horas, na Arena da Baixada, para tentar desatar novos entraves na instalação da "tampa do Caldeirão", prevista agora para ser concluída apenas em março de 2015. Mais demorado e mais caro, o teto retrátil se tornou um imbróglio jurídico e técnico, que será tema do encontro entre o diretor executivo da Lanik I.S.A, César França, e o presidente rubro-negro Mario Celso Petraglia.

O representante da empresa embarca nesta segunda-feira no Canadá trazendo previsões sombrias para obra. Vislumbrada para a Copa do Mundo, a cobertura inédita em estádios no país ficou comprometida por causa dos atrasos na reforma da Arena.

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"Praticamente parou tudo. Está muito atrasado. A terceira e a quarta vigas não foram instaladas e isso vai empurrando os prazos. A previsão agora é março. Isso, se eu continuar com a minha supervisão. Como o Atlético está fazendo, é inviável", avaliou. Segundo França, o clube não possui equipamentos ideais para a instalação como, por exemplo, um guindaste com o tamanho adequado.

Ele criticou os procedimentos efetuados recentemente na instalação. A segunda viga teria sido içada fora dos padrões de segurança, com clima ruim e chuva. "Por isso, um dos nossos três engenheiros já voltou para a Espanha. Se continuar assim, não poderei deixar os meus profissionais expostos ao risco. Pelo relatório que recebi hoje [ontem], a situação é muito complicada", acrescentou.

A demora também terá um impacto nos custos. "Quando nós propusemos fazer a instalação por 418 mil euros, o Atlético foi à Justiça nos acusar de extorsão. Agora, do jeito que estão fazendo, o custo por chegar a um milhão de euros", prevê.

O engenheiro também explicou que os 94 mil euros, depositados em juízo pelo Rubro-Negro para a Lanik supervisionasse a obra, corresponderia apenas ao período até 5 de dezembro – mesma data do Shotto Brasil, evento de MMA perdido pelo clube pela lentidão da obra.

"Vamos tentar o melhor acordo nesta reunião entre o clube e a empresa. Mas o abandono da obra, nossa última medida, não está descartada, pois estamos inseguros com os procedimento do Atlético. O risco é alto", decretou.

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