Julião Sobota, que reassume a presidência da Fanáticos em janeiro, afirma que membros da organizada continuarão a frequentar estádios| Foto: Bruno Covello / Gazeta do Povo

A torcida organizada Os Fanáticos afirmou nesta terça-feira (10) que continuará indo a jogos do Atlético em 2014, mesmo com a punição de seis meses longe dos estádios aplicada pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR).

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Descaracterizado, já que não poderá levar uniformes, camisas, faixas, bandeiras e até a bateria, o grupo seguirá entoando seus conhecidos gritos de guerra nos estádios.

"Muitos de nós são sócios do clube. Eu vou estar lá no meu lugar. Só vai mudar [o fato de] que não estaremos caracterizados", disse o ex-vereador Julião Sobota, que a partir de janeiro reassume a presidência da organizada.

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A facção se disse a favor da pena de meio ano – até 10/06/2014 – sem poder frequentar estádios brasileiros, mas não se considera culpada pela briga generalizada que aconteceu no último domingo em Joinville, durante a partida contra o Vasco pelo Brasileiro.

Para o advogado da torcida, Juliano Rodrigues, o principal pecado foi a ausência da Polícia Militar (PM), que não fez o policiamento nas arquibancadas sob a alegação de que o Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) o orientou a agir de tal forma.

"Se tivessem quatro ou cinco PMs jamais teria acontecido [tamanha confusão]", falou Rodrigues, enfatizando que foi a torcida vascaína quem iniciou a briga, inclusive mostrando um vídeo de um torcedor atleticano que mostra como começou a confusão. Entretanto, no despacho da procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) consta que foi a torcida atleticana quem começou a confusão.

"Espero que um dia quem faça besteira seja punido. Falta punição", afirma o ex-vereador, que garante que o grupo está aberto a colaborar na identificação dos brigões.

O ex-vereador há dois anos ameaçou jogadores do Atlético de "tomarem sopa de canudinho" caso fossem encontrados na noite de Curitiba. Em junho desse ano, Sobota estava entre os torcedores do Furacão armados de paus e pedras que "defenderam" a Arena da Baixada dos protestos durante a Copa das Confederações. Na ocasião, o presidente do clube, Mario Celso Petraglia, chegou a elogiar a organizada pelo quebra-quebra que se seguiu no estádio.

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A facção divulgou um vídeo (veja abaixo) no qual pretende mostrar que a confusão teria começado com a aproximação de vascaínos do espaço destinado à torcida atleticana. Porém as imagens na sequência também mostram o avanço dos atleticanos por vários metros em direção à torcida adversária. Em um primeiro momento a Os Fanáticos alegou legítima defesa na briga de domingo.