Ao assumir a presidência do Conselho Administrativo do Atlético para os próximos quatro anos, o primeiro desafio de Luiz Sallim Emed é unificar o clube. O resultado das eleições revelou um Furacão rachado.
No sábado (2), a chapa CAPGigante elegeu Mario Celso Petraglia para o Conselho Deliberativo – órgão que indica o Administrativo – com 2909 votos dos sócios. A Atlético de Novo, de Henrique Gaede, obteve 2606, apenas 249 a menos.
Não por acaso, logo após saber do resultado apertado, Sallim prometeu: “A diferença foi pequena. Mas serei o presidente de todos os atleticanos. É o momento de chamar todos da oposição para ajudar o clube”.
“Agora será do meu jeito, com a minha personalidade”, diz novo presidente
Leia a matéria completaAo longo do processo eleitoral, Sallim, médico e diretor do Hospital Nossa Senhora das Graças, sempre se colocou como um “conciliador”. “Sei lidar com as doenças, e vou administrar os conflitos e a paixão atleticana”, declarou anteriormente.
É um contraponto ao perfil fechado e reativo de Petraglia. Entre as promessas do antes vice e agora presidente do clube estão ampliar e melhorar o relacionamento com os sócios, torcedores e imprensa.
“Ele tem perfil de homem de sua formação, médico humanista, homem de conflitos de corpo e alma. Vai administrar isso, assim como administrei da minha forma, certa ou errada. Não domino 100% das minhas emoções”, comentou Petraglia.
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Nesta segunda-feira (14), o novo Conselho Deliberativo toma posse, em cerimônia que será realizada no CT do Caju. São 295 membros e outros cinco poderão ser eleitos para fechar os 300 possíveis, todos da situação. Na mesma data, será indicado o Administrativo.
Grupo liderado por Petraglia, que enfrentará a oposição mais numerosa e mobilizada da história recente do Rubro-Negro – recebeu 47,7% dos votos, contra 52,3%.
Na eleição anterior, o grupo do cartola venceu por 67% (3.213 votos) a 33% (1.565).
E no pleito de 2008 – quando os sócios ainda não tinham o direito do voto – a situação triunfou com vantagem ainda maior. Gláucio Geara e Marcos Malucelli bateram Nelson Fanaya e José Henrique de Faria por 81,1% (2.162 votos) a 18,9% (507).
“Faltou pouco. São coisas que acontecem na política. Se tivéssemos conseguido acesso à lista [de sócios] com antecedência, poderia ter sido diferente. A Atlético de Novo não morre aqui. Está apenas começando”, declarou Henrique Gaede.
Antes das cobranças, porém, o advogado quer descansar da corrida eleitoral. “São mais quatro anos agora. Vou parar um pouco, pensar no Atlético acima da condição de oposição ou situação, vou ser torcedor”.
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