Livre do rebaixamento – o risco é menor do que 1% – o Atlético vai utilizar os últimos cinco jogos do Brasileiro para experimentar jogadores e decidir quem deve permanecer para 2016. O técnico Cristóvão Borges, que tem contrato até dezembro de 2016, é quem comandará o “intensivão” no CT do Caju.
MERCADO: Atlético terá de pagar para ter Walter em 2016
Veja quem teve desempenho para passar de ano nesta temporada, quem foi reprovado e quem está de recuperação no elenco do Furacão.
Aprovados
O goleiro de 28 anos é unanimidade entre os torcedores e fecha 2015 ainda mais valorizado do que iniciou a temporada. O capitão atleticano, que tem contrato até maio 2017, tem se destacado tanto que já é alvo de outros clubes para a próxima janela de transferências. São Paulo e Inter já sondaram a situação do jogador, hoje essencial para o Furacão tanto em campo como nos bastidores, como líder do elenco.
O volante de 21 anos quase foi dispensado antes do início do Brasileiro, mas permaneceu à pedido do técnico Milton Mendes. Virou titular absoluto da equipe e também destaque do campeonato. Com 119 desarmes até a 33.ª rodada, ele é o principal ladrão de bolas da Série A. Chegou até a ser convocado para uma série de amistosos da seleção olímpica. Tem vínculo até 2018.
O atacante de 27 anos chegou ao Atlético como a grande contratação do ano e candidato a ídolo. Respondeu com oito gols no Brasileiro e quatro assistências até aqui. A boa fase registrada logo após sua chegada deu lugar a atuações apagadas, combinando com a fase ruim que o time atravessou no returno. Porém, o saldo do camisa 18 é positivo. O clube tem preferência para renovar com o avante, que já demonstrou interesse em permanecer no CT do Caju.
O lateral-direito de 28 anos era pouco conhecido quando desembarcou em Curitiba, em março. Contratado para substituir Sueliton, que fez boa temporada no ano passado, o ex-jogador do Criciúma surpreendeu e se transformou em peça vital da equipe. Veloz e com bom cruzamento, tem contrato apenas até o fim de 2015.
Apesar de ter somente 23 anos, o meia já rodou por sete clubes antes de chegar ao Furacão. Ele superou problemas de peso e virou titular atleticano na boa fase do time no Nacional. Depois, enfrentou lesões, viu o rendimento cair, mas também deixa uma boa impressão ao término da temporada. Tem contrato até 2017, mas tem recebido sondagens, principalmente do futebol asiático.
Reprovados
O zagueiro é o líder em pênaltis cometidos no Campeonato Brasileiro. Foram quatro – e em apenas em um desses jogos o Atlético venceu. No jogo de volta das quartas de final da Sul-Americana, contra o Sportivo Luqueño, o defensor falhou no lance em que Ortega abriu o placar. O erro foi crucial para a eliminação rubro-negra.
O chileno de 31 anos foi uma grande aposta da diretoria para dar mais segurança à zaga. Não deu certo. Com erros frequentes, o jogador não agradou à torcida. A entrada do zagueiro no time também teve relação direta com a saída de Gustavo, que pediu para ser liberado para o Bahia.
O atacante vive má fase há tempos. As chances para atuar foram escassas em 2015, só que o jogador revelado pelo Inter não demonstrou nada quando foi convocado. Ele não tem nenhum gol marcado em 13 jogos na temporada e é um dos atletas que a torcida mais pega no pé.
Depois de ser importante para o time em 2014, Cléo faz uma temporada muito fraca neste ano. Reserva de Walter, ele não marcou em nove jogos entre Brasileiro e Sul-Americana. Seus únicos gols foram no Paranaense.
Em recuperação
O meia de 20 anos ainda precisa aprender a ser mais regular. O talento do jogador é inegável, mas ele parece sentir demais a pressão da torcida, que coloca uma grande expectativa em cada jogada do jovem paranaense.Sem contar o Estadual, marcou quatro gols em 31 jogos neste ano.
O atacante de 19 anos está emprestado pelo São Paulo até fim da próxima temporada. Conseguiu se destacar no início de sua passagem pelo Furacão, chegou a ser titular, mas oscilou muito. Em 12 jogos, marcou três gols.
O volante formou dupla com Otávio na maior parte do campeonato. Caiu de rendimento junto com o time, mas a cria do sub-23 mostrou potencial. Fez três gols em 27 partidas.
O ‘Ganso’ atleticano é um jogador técnico, capaz de pensar o jogo e fazer bons passes, mas está longe de estar maduro para o futebol. Vale apostar no meia para o futuro.
O colombiano de 24 anos chegou em julho para ser o meia de ligação que o time tanto precisa. Teve alguns momentos de brilho, mas não conseguiu cumprir o papel. Após o Brasileiro, terá mais seis meses para provar que deve ser contratado em definitivo pelo Atlético.
Emprestado ao Atlético-GO, foi chamado às pressas para fazer parte do elenco após a transferência de Natanael. Ganhou a posição logo de cara (fez 19 jogos até aqui) e até apareceu como meia-esquerda algumas vezes. Seu vínculo vai até agosto de 2018.
O atacante de 19 anos disputou 15 partidas – sem contar o Estadual. Ficou marcado mesmo pelo afastamento por indisciplina, em maio, junto com outro jogador revelado na base: Marco Damasceno. Foi reintegrado ao grupo mais tarde, só que pouco mostrou em campo.
Lesionou-se no começo do Brasileiro e, quando voltou, teve de amargar o banco de reservas por um bom tempo. Veterano de Atlético aos 26 anos, tem contrato até 2018. Seu tempo no CT do Caju, porém, parece cada vez mais próximo do fim.
Quase não compareceu às aulas
Os goleiros alternaram a condição de reserva de Weverton durante o ano. Enquanto Santos foi titular uma vez, Rodolfo sequer vestiu as luvas para valer.
O volante/lateral português de 27 anos não teve muitas oportunidades com Milton Mendes, mas começou a ser mais utilizado por Cristóvão Borges. Contratado em julgo, foram apenas sete jogos até aqui. Ele tem vínculo até 2017.
Foi contratado em agosto para disputar a vaga na lateral esquerda após a negociação de Natanael. Tomou cartão vermelho na estreia e logo depois lesionou o joelho esquerdo, fato que o tirou do restante da temporada.
Negociado com o fundo de investimentos Doyen no fim de 2014, o jogador acabou ficando no Atlético já que não foi encaixado em outro clube. Lesionou-se bastante e fez somente 16 jogos no ano, a maioria como reserva.
Outro que voltou de empréstimo por causa da falta de laterais esquerdos. Teve cinco oportunidades no Brasileiro e duas na Sul-Americana.
Sem sucesso no futebol italiano, foi trazido para disputar a vaga de primeiro volante. Começou como titular, mas perdeu espaço para Otávio. Fez apenas 12 jogos no ano.
Chegou em junho, mas pouco mostrou serviço. Passou um período afastado para resolver um problema pessoal. Ao todo, o meio-campista fez cinco jogos com a camisa atleticana até aqui.
Destaque no Gauchão, onde foi eleito o melhor lateral-direito, o jogador só teve chance quando Eduardo não pode atuar. Jogou só cinco partidas.
Dois jogos no ano e um cartão amarelo para o zagueiro.
Emprestado do Palmeiras, o zagueiro jogou seis vezes.
Passou o ano se recuperando de lesão. Já treina normalmente, mas não foi aproveitado.