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Silvio prega maturidade contra a  Anapolina | Roberto Custódio/ Jornal de Londrina
Silvio prega maturidade contra a  Anapolina| Foto: Roberto Custódio/ Jornal de Londrina

O jogo contra a Anapolina, domingo, é o passo final para o Londrina voltar à Série C após uma década e o ápice de um ciclo de quatro anos. Em 2011, o Tubarão entrou em campo apenas no segundo semestre, para jogar a Segunda Divisão do Paranaense. Agora, atual campeão estadual, está a 90 minutos de garantir um calendário anual por no mí­­nimo duas temporadas. Trans­­formação acompanhada de dentro do gramado pelo capi­­tão Silvio. Somente ele e o técnico Claudio Tencati participam desde o início da retomada do LEC.

Sergipano, 26 anos, Silvio chegou à SM Sports por indicação de Ademir Adur. O ex-presidente do Atlético, então dono de um time de futebol em Curitiba, indicou em 2004 o volante de 1,82 m, forte fisicamente, para Sérgio Malucelli, presidente do Iraty e atual gestor do Londrina.

Silvio atravessou todas as divisões de base do Azulão como titular. Em 2010, quando Malucelli levou seus jogadores e sua estrutura para o Londrina, a ida de Silvio foi na­­tural. Anormal, apenas, foi ele não ter seguido o ciclo dos garotos que despontaram com ele. "A gente trabalha muito a base. Estourando a idade, precisa subir o menino para o profissional e abrir espaço no elenco negociando quem está em cima", diz Malucelli.

Assim, o time do acesso es­­tadual de 2011 foi viran­do o do iminente acesso nacio­nal de 2014. Arthur era uma promessa na Segunda do Pa­­ra­­naense. No ano seguinte foi cedido ao Paraná, depois passou por Coritiba, Grêmio e Flamengo. Bruno, titular em 2012 e 2013, foi para o Co­­rin­­thians. Weverton, revelação de 2013, seguiu para o América-MG. Joel, artilheiro do título estadual de 2014, faz escala no Coritiba antes de ir para a Alemanha. Wendell, dono da lateral-esquerda de 2011 a 2013, rendeu 2,2 milhões de euros, referente à participação do clube na venda ao Bayer Leverkusen, neste ano. "No interior, se não vender jogador, não sobrevive", diz Malucelli.

À margem desse processo, Silvio foi fazendo história no próprio Londrina. Foi dele o gol do acesso de 2011. Hoje, é capitão do time. O joga­dor que erguerá o troféu caso o LEC coroe com título a promoção à Série C ­– pode até perder por um gol para a Anapolina, no Café, que sobe e avança para a semifinal.

"Ele é um dos símbolos do nosso trabalho no Londrina", confirma Malucelli. "A responsabilidade e o desejo de con­­quistar esse acesso são muito grandes. Mas cada jogo é uma história. Contra a Ana­­polina, devemos mostrar maturidade se não quisermos ter nenhuma surpresa", ensina Silvio.

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