O Fluminense foi derrotado por 3 a 2 pelo Vitória, em jogo válido pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro. Jogando em casa, o time carioca saiu atrás, reverteu o placar mas não conseguiu manter o resultado. Mesmo jogando durante 75 minutos com um jogador a mais, sofreu a virada no final.
Derrotado, o Fluminense deixou o campo sob gritos de protesto de sua torcida, que viu a equipe parar nos 36 pontos na 16.ª colocação e a apenas três pontos da zona de rebaixamento. O próximo adversário é o Flamengo, no Maracanã, daqui a uma semana.
"Viramos o jogo, mas não sei o que aconteceu. Deu um apagão. Inadmissível isso", criticou o atacante Rafael Sóbis, que chegou a colocar seu time à frente na metade da segunda etapa. "Estamos brincando com o perigo. Jogamos duas em casa, não vencemos. Estamos nos colocando em um risco que pode não dar mais para sair", reclamou Sóbis, se referindo à possibilidade de queda à Série B.
"Mesmo com um a menos, tivemos sabedoria. Graças a Deus consegui fazer o gol [da vitória]", comemorou William Henrique, que entrou no segundo tempo para fazer um gol de oportunismo e colocação. Com 47 pontos e na sexta posição, os baianos continuam a sonhar em entrar no G4 e beliscar uma vaga na Libertadores do ano que vem.
O jogo
Tudo parecia caminhar para um triunfo tricolor com 13 minutos de jogo. O zagueiro Kadu deu entrada violenta em Diguinho. Suas travas abriram um rasgo na canela do tricolor, que precisaria deixar o campo minutos mais tarde.
O fraco e hesitante árbitro Fabricio Neves Correa tomou uma decisão polêmica. Após marcar a falta, puxou o cartão amarelo. Ao ver o volante deixar o campo com a perna sangrando, mostrou o vermelho para o defensor.
Mas o Vitória tem o ousado técnico Ney Franco no banco. Ele sacou seu volante mais marcador, recompôs a zaga com Luiz Gustavo e preservou seus homens de ataque. Imediatamente a decisão rendeu frutos. Um estouro da defesa, Dinei desviou de cabeça e Marquinhos entrou livre para abrir o marcador, aos 23.
Mas a supremacia numérica parecia que determinaria a reação tricolor. Quatro minutos depois, Biro Biro deixou Juan na saudade e cruzou. Ayrton tocou contra as próprias redes. A arbitragem anotou erradamente gol para o atacante da casa.
Quando Rafael Sóbis virou aos 12 do segundo tempo, em assistência de Biro Biro, havia poucas dúvidas de que a vitória do Fluminense estava muito bem encaminhada. Mas Ney Franco já havia ousado mais uma vez. Sacou um meia, lançou um atacante de velocidade - Renato Cajá fora, para entrada de William Henrique. O Vitória se soltou, assustou, empatou e virou. Tudo no espaço de sete minutos.
Marquinhos chutou mais uma vez, Diego Cavalieri espalmou e o lateral Juan apareceu na pequena área para complementar. Com o Fluminense atordoado, ainda tentando entender o que havia acontecido, Escudero fez ótima jogada para iniciar o contra-ataque, Juan cruzou, Marquinhos chutou e a bola encontrou mansamente o pé de William Henrique: 3 a 2.
Tomados pelo desespero, os tricolores se lançaram à frente sem estratégia ou tranquilidade. Pressionaram, mas sempre encontrando a resistência consciente dos adversários. Rafinha quase empatou nos minutos finais, na base do abafa, mas Wilson fez sua melhor defesa do jogo e garantiu um triunfo que mantém o Vitória na briga pela Libertadores.
FICHA TÉCNICA
FLUMINENSE 2 x 3 VITÓRIA
FLUMINENSE - Diego Cavalieri; Bruno, Gum (Felipe), Leandro Euzébio e Igor Julião (Ronan); Edinho, Diguinho (Marcos Júnior), Jean e Rafinha; Biro Biro e Rafael Sóbis. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
VITÓRIA - Wilson; Ayrton, Victor Ramos, Kadu e Juan; Michel (Luiz Gustavo), Cáceres, Escudero e Renato Cajá (William Henrique); Marquinhos e Dinei (Euller). Técnico: Ney Franco.
GOLS - Marquinhos, aos 23, e Biro Biro, aos 26 minutos do primeiro tempo; Rafael Sóbis, aos 12, Juan, aos 16, e William Henrique, aos 19 minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS - Gum e Rafinha (Fluminense); Victor Ramos e Renato Cajá (Vitória).
CARTÃO VERMELHO - Kadu (Vitória).
ÁRBITRO - Fabrício Neves Correa (RS).
RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.
LOCAL - Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ).
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