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Giovani Gionédis argumenta que Couto Pereira não tinha capacidade para receber a final da Libertadores de 2005. | Hedeson Alves/Gazeta do Povo
Giovani Gionédis argumenta que Couto Pereira não tinha capacidade para receber a final da Libertadores de 2005.| Foto: Hedeson Alves/Gazeta do Povo

Dez anos após protagonizar o veto do estádio Couto Pereira para uso do Atlético na final da Libertadores de 2005, o ex-presidente do Coritiba, Giovani Gionédis, passa a defender o uso de um estádio único — no caso, a Arena da Baixada, justamente a casa do Furacão — para os três clubes da capital.

“O estádio construído para a Copa do Mundo de 2014 poderia ter sido feito para servir os três clubes de Curitiba. Um estádio para os três. Pode-se conseguir uma empresa que fique responsável por gerir o estádio, tendo os clubes como sócios, cada um com sua participação. Essa empresa alugaria o estádio para shows e para os próprios clubes”, sugere o ex-cartola.

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“Os modelos antigos de estádio não têm aplicação nenhuma a não ser o futebol. Fica uma estrutura parada para fazer dois jogos por mês, é caro para manter. Por isso surgiram as arenas modernas, conjugadas com estabelecimentos comerciais. Esta é uma saída para fortalecer o futebol local”, argumenta Gionédis, que, assim como fez em 2005, garante que o veto de dez anos atrás foi baseado em fatores estritamente técnicos.

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Na ocasião, a Arena da Baixada comportava pouco mais de 22 mil pessoas. Para jogar a final da Libertadores, porém, o regulamento da competição exigia praça esportiva com capacidade mínima para 40 mil pessoas. Assim, a saída para o Furacão seria jogar no Couto Pereira, estádio alviverde, mas o Coxa, na ocasião comandado por Gionédis, não liberou. A alegação foi de que a capacidade do estádio era pouco superior a 35 mil lugares e, portanto, não atendia o regulamento da Conmebol. Com isso, o Atlético teve de mandar o jogo contra o São Paulo no Beira-Rio, em Porto Alegre, fato que acirrou ainda mais a rivalidade entre os torcedores da dupla Atletiba.

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“O Atlético não jogou a final da Libertadores no Couto pelo simples motivo de que não tinha capacidade para 40 mil pessoas. Foi a única informação que o Coritiba repassou para a Conmebol. Se tivesse capacidade para 40 mil, teríamos outras discussões, de aluguel, por exemplo, mas o problema foi a capacidade”, atesta Gionédis. “As coisas mudam, já se passaram dez anos”, complementa.

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Ainda segundo Gionédis, a rivalidade entre Atlético, Coritiba e Paraná não seria empecilho para o projeto de um estádio compartilhado. “Atlético-MG e Cruzeiro são rivais e jogam no Mineirão. O mesmo acontece com os clubes cariocas e o Maracanã. Não podemos misturar a administração de um clube com a paixão do futebol, porque aí você faz bobagem, age com o coração. Esse é o problema do futebol”, finaliza o ex-presidente.

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