Fechado a etapa inicial com 19 partidas, o Brasileiro da Série A reinicia neste final de semana com a primeira rodada do segundo turno -- mais 19 confrontos, agora com o mando de campo invertido. Confira o que melhorou na competição e o que, aparentemente, ainda será difícil de mudar no cenário do futebol nacional.
O melhor
Público
O Brasileiro 2015 ganhou 12,5% em média de público com relação ao primeiro turno da disputa anterior. Dois pontos impulsionaram o aumento de audiência nas arquibancadas. As melhores condições das novas arenas e a disseminação dos programas de sócios-torcedores.
Revelações
A competição já revelou jogadores jovens com potencial de servir à seleção brasileira. No Atlético, o volante Otávio, 21 anos, virou titular absoluto da equipe e acabou premiado com uma convocação para a seleção olímpica. Mais recentemente, o Coritiba encontrou no atacante Evandro, 18 anos, um talismã – foram quatro gols importantes nos finais das partidas. O atacante Luciano, do Corinthians, o também atacante Luan, do Grêmio, e o lateral Douglas Santos, do Atlético-MG, são outros destaques.
Novo horário
A partir deste ano começaram a ser disputadas partidas às 11 horas, sempre aos domingos. O horário matutino agradou aos torcedores. A média de público no período no primeiro turno bateu em 26.436 pessoas, bem acima da média geral, de 17.256 torcedores por partida.
O pior
Dança das cadeiras
O Brasileiro segue como uma competição mortal para os treinadores. Até o momento, 16 clubes já trocaram o comando e 22 treinadores deixaram seus cargos, mais de um por rodada. O Coritiba foi um deles. Demitiu Marquinhos Santos após a 6ª rodada e trouxe Ney Franco. O Atlético trocou durante o Paranaense, antes de a disputa nacional começar: Claudinei Oliveira substituiu Enderson Moreira que perdeu a vaga para o atual, Milton Mendes.
Calendário
As reclamações do Bom Senso sobre o excesso de partidas não surtiram efeito para 2015. O calendário segue apertado e ainda há os compromissos da seleção brasileira, que desfalcam as equipes para a disputa nacional. A promessa da CBF é melhorar o cenário para a temporada que vem, pelo menos com a paralisação das competições durante os jogos da seleção nas datas Fifa.
Salários atrasados
Os jogadores não se livraram dos atrasos de salários por parte dos clubes. Apenas na Série A, atletas de São Paulo, Internacional e Corinthians reclamaram da falta de pagamento. Os clubes põe a culpa na crise econômica. Um alento foi a aprovação da MP do Futebol, medida que promete reorganizar as finanças dos clubes brasileiros, com ajustes de contas e acertos para pagamentos de dívidas.