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Felipe Costa pede Graziele em casamento ao vivo na televisão. | Reprodução RPC TV/
Felipe Costa pede Graziele em casamento ao vivo na televisão.| Foto: Reprodução RPC TV/

Graziele de Brito teve um domingo (27) de Páscoa inusitado. Sem ver o companheiro desde janeiro, a mineira foi surpreendida com o pedido de casamento do atacante Felipe Costa, do Maringá, feito pela televisão. Ao marcar o gol na derrota por 3 a 1 para o Coritiba, domingo (27), no Couto Pereira, o avante aproveitou para pedir Graziele em casamento em rede nacional.

“Nunca passou pela minha cabeça que ele faria isso. Fiquei muito feliz, não sabia que reação ter. Estremeci de tanta felicidade”, afirma a dona de casa. “Mas se tivesse conseguido ganhar e evitar o rebaixamento, com certeza a felicidade seria muito maior”, prossegue.

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A derrota decretou o rebaixamento da Zebra, para tristeza de Graziele. Mas o pedido de casamento abriu a esperança do casal de um futuro melhor.

“Espero que esse momento venha para abrir mais portas. Quando não tiver mais condições de jogar, ele tem o pensamento de fazer uma faculdade de Educação Física para continuar na área do futebol”, revela a dona de casa.

Juntos há 11 anos, o casal vive uma rotina comum à maioria dos jogadores do futebol brasileiro: a falta de perspectiva no fim do Estadual. Mineiros de Belo Horizonte, os dois se conhecem desde a infância e tem um filho, Cauã, de 9 anos. Compraram um apartamento em Contagem, cidade da região metropolitana da capital mineira, há dois anos, e tentam seguir a vida mesmo diante das dificuldades da carreira de jogador de futebol.

Felipe Costa e a agora noiva Graziele de BritoArquivo pessoal

Com contrato vencendo após o final do Paranaense, Felipe não tem certeza se segue no Maringá. Por ter conquistado a Taça Paraná em 2015, a Zebra tem vaga na Série D do Brasileiro, mas ainda não confirmou se vai disputar a competição. Para Graziele, a alegria da proposta de união se mistura com a aflição de não saber se Felipe terá onde jogar até o final do ano e com a tristeza pelo rebaixamento.

“É uma vida de agonia, porque você nunca sabe como vai ser para frente. Se o time não vai bem, o jogador não abre portas e fica desempregado o ano todo. Depois do jogo, ele estava muito triste”, destacou.

Segundo dados do departamento de registro de atletas da CBF, são pouco mais de 28 mil jogadores de futebol no país e apenas 11 mil atuam durante os 12 meses do ano. Além da incerteza do trabalho, a renda também influencia na insegurança familiar, já que 23 mil jogadores brasileiros ganham menos de R$ 1.000 por mês.

Quando Felipe embarcou para Maringá para o início do Campeonato Paranaense, Graziele e Cauã tentam minimizar a saudade com contatos telefônicos frequentes e troca de mensagens. A noiva afirma que, apesar de toda dificuldade e da ausência, sempre esteve ao lado da opção de vida que o companheiro fez. “A gente tem que viver o presente. Sentimos a falta dele mas é a profissão que escolheu. Apoio e incentivo em tudo”, concluiu.

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