A publicação no BID do vínculo não profissional entre o meia Vitinho, atleta de 14 anos, e o Atlético, fez o Coritiba cobrar o rival por falta de ética. De acordo com a assessoria de comunicação alviverde, o clube tomou as medidas judiciais que poderia e o caso agora sai da esfera jurídica, entrando na questão ética entre os clubes.
O imbróglio envolvendo o jovem e a dupla rival começou com o sumiço do meia da concentração das categorias de base alviverdes, em outubro de 2015. Destaque da equipe sub-15, o jogador estava negociando a extensão de seu contrato de formação com o Coxa quando deixou o clube.
Na época, o Coritiba suspeitava que Vitinho teria sido aliciado pelo rival Atlético e estaria treinando no CT do Caju. No início do mês de dezembro, antes de trocar o Coxa pelo Red Bull Brasil (SP), Mário André Mazucco, então superintendente de futebol do clube do Alto da Glória, fez uma denúncia formal ao Movimento Futebol de Base (MFB), criado para intermediar problemas e moralizar as categorias de base do futebol brasileiro, citando o sumiço do meia e seu suposto aliciamento pelo rubro-negro.
Coritiba notifica Atlético por ‘roubar’ garoto da base
Leia a matéria completaEssa não é a primeira vez que o Furacão é notificado pelo MFB. Em 2012, por ter contratado o atacante Mosquito, do Vasco, o Furacão correu risco de ser excluído de competições de base. A situação foi contornada posteriormente com um acordo com o clube carioca. Em 2014, o problema foi com o volante Riuler, outro destaque da base Coxa. Os clubes acertaram dividir os direitos econômicos do atleta, que segue no Furacão.
Dessa vez, porém, o Coritiba afirma que não foi procurado pelo rival e que não haveria a possibilidade de um desfecho semelhante. A publicação do acordo entre o Furacão e o atleta no BID pode acabar com a exclusão do clube rubro-negro das competições de categoria de base em 2016.
A assessoria de imprensa do Atlético foi procurada, mas não atendeu as ligações da Gazeta do Povo.