A comissão de conselheiros formada para analisar o Caso Whatsapp e a doação de R$ 200 mil do Coritiba para a campanha de Ricardo Gomyde à Federação Paranaense de Futebol (FPF) sugeriu a expulsão do Conselho Deliberativo de cinco conselheiros, entre eles os dois vice-presidentes, André Macias e Pierre Boulos. A decisão, no entanto, será levada à votação e todos os integrantes do conselho deliberativo.
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O relatório, disponível para consulta de conselheiros pelos próximos dias no Estádio Couto Pereira, também recomenda a expulsão do diretor institucional Arthur Klas, o gerente de patrimônio Christian Gaziri e o vice-presidente do Conselho Deliberativo, Carlos Eduardo Vianna.
O conteúdo das mensagens de Whatsapp que vazou em agosto de 2015 mostra conversas entre membros da diretoria, entre eles os vices André Macias e Pierre Boulos, funcionários, conselheiros e torcedores, que colocam em dúvida qual seria o real comando do clube: do presidente Rogério Bacellar ou do grupo denominado Indomáveis FC. O teor das conversas é pesado. Em alguns momentos há incitação de violência contra o ex-vice-presidente.
Quem também teve a expulsão do quadro de sócios sugerida foi o ex-integrante do grupo de Whatsapp, divulgador das mensagens que geraram toda a polêmica, Bruno Kafka.
O chefe de gabinete da presidência Alexandre Dupas, o diretor de comunicação Adriano Rattmann e o torcedor Marcelo Molinari não sofrerão punições.
Uma espécie de acordo informal foi feito entre os membros da comissão e o conselheiro para segurar a divulgação do parecer até esta segunda. A intenção era confirmar a situação do time no Brasileirão – se salvou do rebaixamento na última rodada – para que não houvesse nenhum tipo de influência na concentração do time.
Todos os conselheiros foram avisados na manhã desta segunda-feira (7) por e-mail de que o relatório está disponível para consulta antes da próxima reunião, ainda sem data definida. O encontro deve ser realizado no prazo de 10 a 15 dias. O presidente do Deliberativo, Pier Petruzziello, preferiu não se pronunciar.
A comissão foi formada pelos conselheiros Júlio Militão, que presidiu o grupo, Jorge Wachelke, Marlus Arns, Elias Feder e Rui Valente. O parecer é “sugestivo” e não tem efeito imediato. Na reunião do conselho os integrantes podem acatar, vetar ou, por exemplo, sugerir o relaxamento das punições ou até a absolvição total. O conselho pode sugerir ainda votação aberta, fechada, ou convocar uma assembleia de sócios.
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Na reunião devem ser desmembrados os dois casos, Whatsapp e doação, porque se tratam de assuntos sem correlação, embora constem no mesmo parecer.
O presidente do clube, Rogério Bacellar, preferiu não se pronunciar sobre o parecer do relatório. “Quem pode falar sobre isso é o presidente do Deliberativo. Fiz a comunicação dos fatos ao conselho, que sugeriu a comissão para formar o parecer. Agora eles decidem se vai a votação e quais providências tomar”, explicou.
A reportagem tentou contato com os advogados dos envolvidos, mas ainda não obteve retorno.
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