O Coritiba enfrenta o Goiás hoje, às 21 horas, diante de um Couto Pereira dividido. Enquanto parte da torcida compreende o momento de declínio do time no Brasileirão foi líder e hoje é o sétimo colocado , outro setor já perdeu a paciência, pede a demissão do técnico Marquinhos Santos e do superintendente de futebol, Felipe Ximenes, e não economiza nas vaias.
Hoje não será diferente, com a fatia descontente em alerta desde o apito inicial. No entanto, se o Alviverde não se impuser diante do time esmeraldino, a tendência é de que esse grupo cresça em quantidade e engrosse o coro por mudanças no Alto da Glória.
"O torcedor tem feito a parte dele. O que pedimos é que seja um movimento único no Couto Pereira, assim como ocorreu nas vitórias, quando todo o Couto Pereira esteve a favor", analisa Marquinhos Santos. "Só que alguns realmente acabam buscando uma sintonia diferente", reclamou ele, alvo preferencial das críticas nos últimos jogos em casa.
A insatisfação nas arquibancadas não vem de hoje. Só neste ano, foram pelo menos três momentos. No início do segundo turno do Paranaense os apupos cresceram com a queda de rendimento pós-título do turno inicial. Depois, na eliminação da Copa do Brasil para o Nacional-AM ainda na segunda fase do torneio.
A mais recente começou na primeira derrota no Couto Pereira no Brasileirão, contra o Vasco. Intensificou-se com os empates diante de Portuguesa e Internacional e teve o ápice na última rodada, contra o Bahia Alex fez no último minuto do jogo o gol de empate por 2 a 2.
Essa cobrança é vista internamente como natural, até pela expectativa criada no início do campeonato, com dez rodadas de invencibilidade e uma posição que parecia confortável no G4. "[A torcida] é exigente porque o grupo já demonstrou que tem condições de buscar o pelotão da frente. É natural estar apreensiva para que o time volte a jogar bem", opina o treinador.
Os jogadores admitem que jogar com essa pressão dos torcedores não é o melhor dos cenários, mas reconhecem que o apoio irrestrito só virá quando o time retomar uma sequência positiva.
"O que vai resolver é o trabalho aqui dentro [do CT da Graciosa] e levar isso para os jogos. Sempre pedimos apoio, mas temos de dar esse respaldo para que os torcedores batam palma e nos apoiem o tempo todo", diz o volante Willian, que retorna à equipe titular após cumprir suspensão pelo terceiro cartão amarelo diante do Bahia.
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