Dado Cavalcanti não aceita nem cogitar a eliminação hoje| Foto: Brunno Covello/ Gazeta do Povo

Coxa

O técnico coxa-branca Dado Cavalcanti fará duas mudanças em relação ao time que perdeu o primeiro jogo. No ataque, volta Julio César e no meio entra Carlinhos.

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O Maringá tenta inverter a lógica no Paranaense-2014. E está perto disso. Tanto que hoje precisa só de um empate no Couto Pereira para garantir a vaga na final do torneio e riscar a possibilidade do pentacampeonato do Coritiba.

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Conheça a história do adversário do Coxa

Um embate desproporcional – entre o grande e rico contra o pequeno e pobre – marcado para as 16 horas no Alto da Glória.

Só que a partida de ida, no Willie Davids, na quarta-feira, deu indícios de que esse muro pode ruir.

A Zebra (símbolo da equipe nortista) partiu para cima e acuou o Coxa. Fez dois gols assim. Julio César descontou, definiu o 2 a 1 e abriu a possibilidade de o Alviverde vencer por um gol de diferença para levar aos pênaltis – caso vença por dois de vantagem, vai direto para a final.

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Apesar de precisar reverter a desvantagem e haver um adversário com o regulamento em mãos do outro lado, não existe outra hipótese no Coxa senão a vaga na decisão. "Não posso nem pensar nisso [na eliminação]", resumiu o técnico coxa-branca Dado Cavalcanti.

As consequências no Alto da Glória de ficar de fora, segundo alguns jogadores, pode respingar no restante do calendário. "Com todo respeito ao Maringá, que mostrou força no primeiro jogo, mas a equipe grande aqui é o Coritiba. Entramos no campeonato como o time a ser batido. E o impacto [da desclassificação] seria muito grande e pode aumentar a pressão para as disputas da Copa do Brasil e do Brasileiro", desenhou o pior caminho o volante Gil.

O discurso faz muito sentido. A distância entre os dois times é enorme. A folha salarial mensal do Coritiba, por exemplo, extrapola R$ 1 milhão. A do representante do Norte não chega nem sequer a R$ 200 mil. "O salário do Alex paga nossa folha e ainda sobra", brincou o gerente de futebol do Maringá, Paulo Regini.

Um elenco barato, mas que tem se igualado dentro de campo. Consequência da forma como foi montado. No ano passado, o então Metropolitano Maringá – mudou o nome este ano para Maringá Futebol Clube –, subiu para a Primeira Divisão e daquele time, 15 jogadores voltaram para a disputa da Série A. No último jogo, por exemplo, eram sete em campo daquela equipe. A eles somaram-se poucos reforços, aliviando o cofre e qualificando o grupo.

"Não é só a parte financeira que resolve. Mantivemos os jogadores e o treinador. Praticamente todos se conheciam e não houve uma mudança muito significativa. Assim conseguimos jogar de igual para igual", completou Regini.

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A atitude também tem sido outro fator de equilíbrio nas forças. Enquanto o Coritiba começou o campeonato com um time alternativo para preservar os jogadores para as disputas da Copa do Brasil e do Brasileirão, a Zebra entrou com tudo na única competição do ano – conseguiu a vaga na Série D deste ano e na Copa do Brasil em 2015 por ter chegado à semifinal, além de ter hoje a melhor campanha geral do PR-2014.

"Aqui não temos estrela, não temos um camisa 10 que resolve ou um atacante que seja um grande artilheiro. Temos um grupo de jogadores que querem algo melhor para a carreira. E o que estamos vivendo vai melhorar muito a vida de cada um daqui", explicou o meia Léo Maringá.

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