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Técnico Marquinhos Santos orienta o time do Coritiba antes da decisão do primeiro turno com o Londrina | Hugo Harada / Gazeta do Povo
Técnico Marquinhos Santos orienta o time do Coritiba antes da decisão do primeiro turno com o Londrina| Foto: Hugo Harada / Gazeta do Povo

Os mais de 20 mil torcedores do Londrina que estarão presentes no Estádio do Café, amanhã, para a decisão do turno, reforçam o campo hostil que o Coritiba vai encontrar. Cenário com o qual o Coxa já está acostumado. Sempre que viaja para o interior, o Alviverde tem dificuldades para ter a companhia da própria torcida nas arquibancadas. "Solidão" que a diretoria tem tentado afastar nos últimos anos, com ações específicas, mas que ainda não trouxeram resultados significativos.

Para o jogo de amanhã, o máximo que o Coxa programou para tentar suscitar o orgulho coritibano em Londrina foi dar ingresso para os cerca de 50 sócios residentes na cidade. Mais do que isso, o clube garante não conseguir fazer, pois quanto maior a cidade, a dificuldade segue na proporção. Por isso, a maioria dos coxas-brancas que estiver no Café será de torcedores que partiram de Curitiba especialmente para o duelo.

Essa aparente inércia atual tem explicação no investimento pesado que foi realizado no ano passado com a campanha "Amo minha terra, torço pelo nosso Estado". A ação contava com comerciais na televisão, chamadas em rádios, anúncios em jornais nos municípios onde o Alviverde jogava, além da presença de postos de atendimento móveis para associação e venda de produtos.

O único resultado mensurável, contudo, foi que o Coxa angariou novos sócios em todas as cidades por onde passou. O clube não abre a contabilidade, mas a campanha teria consumido mais de R$ 200 mil dos cofres.

"É uma missão difícil porque concorremos com grandes clubes de fora do Paraná, que têm um apelo muito grande, como os de São Paulo, Rio de Janeiro e até de Minas Gerais. É um processo de longo prazo. Precisamos lutar, acreditar e investir", disse o presidente coxa-branca, Vilson Ribeiro de Andrade.

A distância a ser percorrida é imensa, vide os números do último levantamento da Paraná Pesquisas, realizado em 2012, sobre torcidas. No estado, o Coritiba tem a quinta torcida, com 6,69%. No interior, porém, o abismo é gigantesco: está na nona colocação, com apenas 1,3% da preferência. Em Londrina é o oitavo time, com um quase figurativo 0,34%.

O trabalho lento tem dado frutos em Foz do Iguaçu, após a cidade ter sido adotada para abrigar as últimas três pré-temporadas do clube. O tempo maior – em média 15 dias – criou, senão novos torcedores, pelo menos simpatizantes. "Embora torcendo para outros times, os moradores de Foz têm simpatia muito grande pelo Coritiba", avaliou o mandatário alviverde. Em Londrina, o título do primeiro turno pode ajudar nessa interiorização. "Não podemos desanimar", completou.

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