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Zé Rafael tem ouvido muitos conselhos do experiente meia Alex para não se deslumbrar com o bom momento | Albari Rosa/ Gazeta do Povo
Zé Rafael tem ouvido muitos conselhos do experiente meia Alex para não se deslumbrar com o bom momento| Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo

Rio Branco

Empatado em pontos, vitórias e no saldo de gols com o vice-lanterna Paranavaí, o Rio Branco terá três desfalques na partida de hoje, contra o Coritiba. O volante Diogo Fogliatto, expulso na derrota por 3 a 2 para o Cianorte, o atacante Rodrigo Jesus e o volante Duda, que receberam o terceiro cartão amarelo, desfalcam o Leão.

O Paranaense tem sido uma sucessão de primeiras vezes para Zé Rafael. Contra o Operário, no Germano Krüger, a estreia profissional. Diante do Arapongas, a primeira atuação decisiva. Em Toledo, a chance de sair jogando. Hoje, diante do Rio Branco, às 18h30, a inédita titularidade dentro do Couto Pereira.

Mais um passo na rápida ascensão do meia de 19 anos no Alto da Glória. Até duas semanas atrás, era mais um garoto recém-promovido ao grupo principal. Hoje, é visto por alguns torcedores como peça fundamental. Uma mudança de status – exagerada – que tem merecido atenção especial.

O Coritiba tem procurado evitar a exposição excessiva de Zé Rafael. Quando con­­cede alguma entrevista, o conteúdo é repassado à psicóloga do clube. No dia a dia, tanto o técnico Marquinhos Santos quanto os jogadores mais experientes têm conversado bastante com ele, para que saiba lidar com o bom momento e suportar períodos de oscilação.

A partida que inaugurou o momento atual, contra o Arapongas, é emblemática. No vestiário, pouco depois de o meia decidir o jogo com três assistências, Alex sugeriu à assessoria do clube que não levasse Zé Rafael para a entrevista. "Não é o momento", explicou o camisa 10, visto dentro do Alto da Glória como um irmão mais velho dos garotos.

Zé Rafael inclui Lincoln e Deivid no grupo de conselheiros. Também seu pai, sócio de uma metalúrgica, e a mãe, dona de casa. O casal mora em Ponta Grossa com os outros dois filhos. Todos vêm a Curitiba assistir ao jogo de hoje e passar o fim de semana no apartamento em que o meia mora sozinho.

Fora de casa desde os 16 anos, quando trocou o futsal nos Campos Gerais pelo Coxa, Zé Rafael aproveita o tempo livre jogando futebol no videogame – o Milan é seu time preferido –, e boliche. Na música, Gusttavo Lima e David Guetta estão entre as preferências em um gosto que ele mesmo define como eclético.

"Minha família vem sempre que possível ver os jogos. Mas esse é especial, por ser o primeiro como titular no Couto. Esperava ter essa chance, mas não tão rápido. Quero aproveitar cada oportunidade para seguir no time", admite o meia.

É jogo a jogo que Zé Rafael pretende solidificar seu lugar. E também romper uma lógica na transição dos garotos. Ser emprestado para ganhar quilometragem é visto como parte da formação. Djair, Denis e Bonfim passaram por esse processo; Luccas Claro e Thiago Primão devem ser os próximos. Não é regra, como comprovam Willian e Lucas Mendes. Marquinhos Santos tem a fórmula para Zé Rafael ser outra exceção.

"O Zé Rafael sentiu ter começado como titular contra o Toledo. Na segunda-feira, falei que ele tem liberdade para jogar", disse o treinador. "Ele vai oscilar, natural que tenha uma queda. Mas enquanto estiver jogando bem, terá oportunidade."

Hoje, será assim. Robinho volta, mas no lugar de Gil, suspenso. A outra novidade é na zaga, também causada por cartão: Leandro Almeida por Pereira.

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