Ex-membros do departamento médico do Coritiba rebatem afirmação de Roth

• 0

Os profissionais do departamento médico do Coritiba demitidos mês passado responderam à declaração do técnico Celso Roth de que a mudança realizada no setor contribuiu para a redução de lesões dos jogadores. Segundo o treinador, a partir disso que o DM ficou "absolutamente vazio".

A resposta, em uma carta, assinada pelos médicos Braulio Moreira Júnior e Walmir Sampaio, e pelos fisioterapeutas Gustavo Rezende e Raul Furlani, destaca que o DM já estava vazio quando as demissões ocorreram, já que Gil, que havia sentido o joelho no último jogo antes da parada para a Copa, reapresentou-se normalmente no dia 16 de junho.

O grupo ressaltou que nos nove primeiros jogos do Brasileirão, somente Diogo e Robinho tiveram lesões musculares. Em relação a Gil e Germano, por terem uma lesão de impacto, não há como prever.

Os profissionais rebateram a "nova metodologia de trabalho" que Roth disse em relação ao departamento médico. "Nos causa estranheza, já que os atuais médicos já estavam no clube e os dois fisioterapeutas remanescentes também", escreveram.

O alto número de lesões verificadas nos últimos anos no Coritiba, que virou alvo de críticas do presidente Vilson Ribeiro de Andrade, também é contestada. Isso porque o grupo de atletas em 2012 e 2013 girou em torno de 50 a 60 atletas, um número que aumentaria a quantidade de lesões.

A decisão do técnico de separar o grupo em dois, criando o sub-23, vai naturalmente reduzir o número de lesões do time principal. "Esse grupo agora chamado de sub 23 está utilizando a estrutura da categoria de base no CT Quatro Barras para treinamento e não entrará mais nas estatísticas oficiais do clube, obviamente diminuindo a incidência de lesões", diz a carta.

Os profissionais demitidos ainda reclamaram da falta de estrutura de trabalho do Alviverde, atrapalhando a recuperação de atletas. "Convivemos com a falta de investimentos no setor, apesar de dezenas de solicitações de melhorias em estrutura e equipamentos, a tal ponto que alguns equipamentos eram de propriedade dos então fisioterapeutas".