O Comitê de Ética da Fifa anunciou, nesta quarta-feira (27), o banimento provisório do futebol do ex-presidente da CBF, José Maria Marin, e de mais dez dirigentes. É a primeira reação concreta da entidade à operação de combate à corrupção no futebol, deflagrada pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos e a polícia suíça.
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“Com base nas investigações realizadas pela câmara de investigação do Comitê de Ética e os fatos mais recentes apresentados pelo gabinete do procurador dos EUA para o Distrito Leste de Nova York, o presidente da câmara decisória do Comitê de Ética, Hans-Joachim Eckert, hoje baniu provisoriamente 11 pessoas de realizar quaisquer atividades relacionadas com o futebol a nível nacional e internacional. A decisão foi tomada a pedido do presidente da câmara de investigação, Cornel Borbély, com base no art. 83 Par. 1 do Código de Ética da Fifa”, explicou a Fifa em nota oficial.
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O afastamento atinge Marin, Jeffrey Webb, Eduardo Li, Julio Rocha, Eugenio Figueredo, Costas Takkas e Rafael Esquivel, detidos em Zurique; Jack Warner e Nicolas Leóz, indiciados no processo; Chuck Blazer, que assinou confissão de culpa; e Daryll Warner.
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As acusações são claramente relacionadas ao futebol e são de uma natureza tão séria que era imperativo tomar medidas rápidas e imediatas. Os procedimentos seguirão seu curso de acordo com o Código de Ética da Fifa”, disse Hans-Joachim Eckert, presidente do Comitê de Ética.
“Um momento difícil para o futebol”
O presidente da Fifa, Joseph Blatter, enfim se pronunciou sobre a operação de combate à corrupção. Embora defina esta quarta-feira (27) como um dia difícil para o futebol, mas comemorou o resultado das investigações do Departamento de Justiça dos Estados Unidos e da polícia suíça.
“É um momento difícil para o futebol, os fãs e a Fifa como organização. Entendemos o desapontamento que muitos têm expressado e que os eventos de hoje terão impacto na maneira como as pessoas nos verão”, escreveu em nota oficial. “Por mais lamentáveis que sejam estes fatos, precisa ficar claro que vemos com bons olhos as ações e investigações das autoridades norte-americanas e suíças e acreditamos que isso ajudará a reforçar as medidas que a Fifa tem tomado contra desvios de conduta no futebol”, prosseguiu.
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