A maioria dos sete cartolas da Fifa presos nesta quarta-feira (27) em Zurique, na Suíça, contestou a extradição imediata para os Estados Unidos, segundo as autoridades suíças.
Segundo os investigadores, o país agora terá 40 dias para formalizar um pedido de extradição para que o processo de transferência dos acusados seja acelerado. Apenas um dos sete dirigentes presos teria concordado com uma extradição imediata.
Em nota, as autoridades não informam como cada um reagiu, entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marín, 83, que está entre os detidos nesta manhã em Zurique.
Segundo os procuradores suíços, pelas regras locais, uma pessoa presa a pedido de uma autoridade externa pode, se quiser, seguir imediatamente para o local de origem da investigação.
Caso o acusado negue ser transferido, então a Suíça pede ao país que solicitou a prisão que faça um pedido formal de extradição. Começa, então nessa fase, o processo de extradição em território suíço. Ou seja, os que estiverem nessa situação não poderão deixar a Suíça até o fim do processo.
Marín e os outros seis dirigentes da Fifa foram detidos nesta quarta-feira pela polícia suíça em uma operação surpresa, realizada a pedido das autoridades dos Estados Unidos. Os cartolas são investigados pela Justiça americana em um suposto esquema de corrupção.
Segundo o Departamento de Justiça dos EUA, foram detidos, além de Marin, Jeffrey Webb, Eduardo Li, Julio Rocha, Costas Takkas, Eugenio Figueredo e Rafael Esquivel. Eles participariam do congresso da Fifa e da eleição da entidade, que ocorre nesta sexta (29).
De acordo com o Departamento de Justiça dos EUA, a maior parte do esquema envolvia subornos e propinas entre dirigentes da Fifa e executivos do setor na comercialização de jogos e direitos de marketing de campeonatos como eliminatórias da Copa do Mundo na América do Norte, a Concacaf, a Copa América, a Libertadores e a Copa do Brasil -esta última, organizada pela CBF.
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