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Atual presidente do Paraná, Casinha fala em reformas na Vila Olímpica para manter o clube social ativo ao lado do estádio. | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Atual presidente do Paraná, Casinha fala em reformas na Vila Olímpica para manter o clube social ativo ao lado do estádio.| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

A polêmica venda da sede da Kennedy pode não representar o fim do social do Paraná. A iminente negociação do terreno da Vila Guaíra é encarada pelo atual presidente, Luiz Carlos Casagrande, o Casinha, e pelo presidente eleito Leonardo Oliveira, como a única alternativa para manter o time em funcionamento. O clube social, no entanto, deve apenas mudar de endereço e ganhar uma nova sede.

“Vamos fazer um clube mais compacto, dentro de uma nova realidade. Ainda teremos uma parte da Kennedy e podemos fazer melhorias na Vila Olímpica do Boqueirão”, contou.

A reforma do espaço localizado em frente ao estádio Érton Coelho de Queiróz seria bancada com a ajuda de investidores, não com o dinheiro da venda da Kennedy.

“Vamos fazer a retomada do parque Aquático, a construção de um ginásio, academia e cancha de futebol sintético. Se depender de mim, com certeza vamos reviver a Vila Olímpica”, prometeu Casinha, que ao final do ano retorna à condição de vice-presidente do social, cargo que ocupou por muitos anos.

Presidente do Paraná desde a renúncia de Rubens Bohlen, em março, Casinha surpreendeu aos seus pares de diretoria e amigos mais próximos ao dizer “sim” para a venda da Kennedy na semana passada.

Antes ferrenho defensor das piscinas, pista de bolão e saunas – atualmente desativadas por falta de pagamento da conta de gás –, Casinha vê a negociação da sede social como a salvação do time.

“Não votei pura e simplesmente pela venda da Kennedy, mas votei pela continuidade do Paraná”, disse. “Não pensem que foi fácil. É como perder um ente querido”, acrescentou. Há 43 anos vivendo o dia a dia do Paraná, Casinha lamentou que as circunstâncias tenham levado o clube a pensar em se desfazer de mais um patrimônio.

“Melhor vender por R$ 100 milhões do que perder por R$ 30 milhões num leilão”, disse. A cúpula tricolor estima que o local pode ser leiloado judicialmente para arcar com as dívidas crescentes do clube.

Segundo o atual investidor do Paraná, o empresário Carlos Werner, em entrevista à Gazeta do Povo em setembro, o clube precisaria de pelo menos R$ 50 milhões para respirar aliviado imediatamente – são R$ 15 milhões em dívidas trabalhistas, R$ 5 milhões em dívidas cíveis e R$ 30 milhões de dívidas tributáveis. Valores que desafogariam financeiramente o Tricolor, mas que ainda não acabariam com todos os débitos.

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