Fachada da sede social do Paraná, na Avenida Presidente Kennedy, que está sob risco de fechar as portas.| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

O próximo presidente do Paraná só será conhecido no dia 23 de setembro, data da eleição. Mas os desafios a serem enfrentados pelo futuro mandatário já estão bem definidos. Tanto o postulante Leonardo Oliveira, do Paranistas do Bem e da chapa de situação Reconstrução Tricolor, como Erivelto Luiz Silveira, candidato do grupo oposicionista Paraná, o clube do futuro, enfrentarão difíceis desafios na condução do clube pelos próximos três anos. Entenda os principais deles.

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Dívida

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R$ 120 milhões até 2014. Essa foi a dívida total do Paraná apontada no balanço financeiro do clube publicado no dia 30 de março de 2015. Ações judiciais e dívidas trabalhistas compõem o grosso do déficit. Duas ações judiciais de maior porte deverão ser tratadas com prioridade: R$ 27 milhões devidos para o empresário Leo Rabello, do caso Thiago Neves; e os R$ 30 milhões devidos para o Banco Central por causa de não pagamentos de impostos na década de 90.

Time

Praticamente todos os 24 reforços contratados pelo Paranistas do Bem para a disputa da Série B têm contrato com o clube até novembro de 2015. Isso significa que, no fim da disputa, o clube terá duas opções: negociar renovações contratuais ou desmontar a equipe e recomeçar do zero em 2016, fórmula repetida sem sucesso pelo Tricolor nas temporadas passadas.

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Patrimônio

O Paraná alcançou o auge de sua crise patrimonial em 2015. O clube teve decisão inicial desfavorável na Justiça na briga com a União pela posse da Vila Capanema; a Vila Olímpica do Boqueirão foi leiloada por causa de dívidas trabalhistas e o clube teve decisão desfavorável na primeira tentativa de embargo do leilão; o CT Ninho da Gralha, em Quatro Barras, está penhorado por causa da dívida com Leo Rabello; e a sede social da Kennedy está em estado falimentar e corre risco de fechamento ou venda.

Categorias de base

Há muito tempo o Paraná deixou de ser potência nas categorias de base. Situação que tem reflexo no time principal. Mesmo tentando lançar uma série de pratas da casa nos últimos anos, poucos jovens de fato se firmaram no time de cima ou renderam lucro. Além disso, o CT Ninho da Gralha, onde treinam e vivem os garotos, está penhorado e apenas sobrevive por causa do investimento realizado pelo empresário Carlos Werner, do Paranistas do Bem.