Se 2014 terminou para o Paraná dentro das quatro linhas, ainda há o que ser discutido fora de campo. Terça-feira (9), o clube convocou reunião extraordinária do Conselho Deliberativo, na qual a diretoria terá de se explicar. A reunião foi chamada após requerimentos assinados por pelo menos 70 conselheiros de um total de 300, segundo o presidente do Conselho Deliberativo, Rodrigo Vissoto Junkes. Nela, o presidente Rubens Bohlen e seus vices responderão questionamentos. "Os conselheiros querem saber está a atual situação do clube, contratos com os jogadores do elenco e questões do orçamento de 2014", explica Junkes. Questões como a dívida com o empresário Léo Rabelo ainda da negociação do meia Thiago Neves em 2007, que colocou em risco o CT do Ninho da Gralha, foram lembrados. Equívocos e falta de pagamentos por parte da diretoria paranista fizeram com que o valor da ação, originalmente de R$ 9 milhões, triplicasse e chegasse a R$ 27 milhões. Há grande incerteza quanto ao valor das dívidas paranistas, e os conselheiros buscam uma resposta. A intenção é fazer um diagnóstico para que não se repitam os problemas com salários atrasados e perda de patrimônio, ocorridos nos últimos anos. A ideia, é esclarecer tudo o que acontece. "Elaboramos temas para ser abordados, para que a reunião não fosse conduzida somente pelo presidente do Conselho Deliberativo", revelou um dos conselheiros que assinou os requerimentos, que pediu para não ser identificado. "A intenção é lavar a roupa suja em casa", completou. Os problemas no Paraná aumentaram em 2014. Em algumas ocasiões, houve ameaça de greve pelos atletas, por conta dos salários atrasados. Após o fim da Segundona, a situação foi explicitada por desabafos como o do atacante Tiago Alves. O jogador, vice-artilheiro do clube na Série B, publicou em sua página no Facebook uma carta de despedida, na qual foi direto. "O Paraná não tem culpa das pessoas que estão dirigindo este clube", disparou.
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