Paraná deve dinheiro a Ricardo Pinto de 2011, quando o técnico comandou a equipe.| Foto: Marco andre Lima/Marco andre Lima

O terreno em que está construído o ginásio de esportes da sede social da Kennedy foi indicado para penhora por causa da dívida que o Paraná mantém com o ex-treinador Ricardo Pinto, que comandou o clube em 2011.

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No dia 6 de novembro, o oficial de Justiça da 19.ª Vara de Trabalho de Curitiba cumpriu o mandado extraído dos autos do processo de Ricardo Pinto e executou o pedido de penhora junto ao presidente do clube, Luiz Carlos Casagrande, o Casinha. O clube recebeu um prazo para tentar embargar a ação de penhora.

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Procurado pela reportagem, o vice-presidente jurídico do Paraná, Luiz Berleze, preferiu não comentar o caso. Já Casinha informou que estava em uma reunião e não poderia comentar.

O documento de certidão da penhora ainda esclarece que a Justiça levou em conta somente o terreno do ginásio de esportes pois essa é a única construção averbada da sede social. Esclarece também que a a Justiça não teve como obter o total da área edificada sobre o terreno da Kennedy (salões, área administrativa, piscinas e etc) pois a matrícula respectiva é “muito antiga e não traz qualquer informação quanto à indicação física do terreno”.

Recentemente, o próprio Paraná fez uma consulta formal à prefeitura de Curitiba para saber se o terreno da sede social poderia ser vendido. Isto porque a lei municipal número 1.550, sancionada no dia 16 de abril de 1.958 pelo então prefeito Ney Braga, e que trata da doação do terreno da sede para o Esporte Clube Água Verde, um dos embriões do Tricolor.

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A lei diz que a escritura de doação deverá ser gravada com as cláusulas de inalienabilidade e impenhorabilidade, o que significa que o terreno não poderia ser vendido ou penhorado. O clube informa que ainda aguarda uma resposta da administração pública.

Em junho deste ano, por causa de uma dívida total de R$ 1,6 milhão com nove ex-funcionários o Paraná viu a Vila Olímpica do Boqueirão ser arrematada em leilão pela empresa Seagull Incorporações e Participações pelo valor de R$ 11,65 milhões, metade do valor do lance inicial, R$ 23, 2 milhões. Da dívida total de R$ 1,6 milhão, o maior valor a ser pago era justamente para Ricardo Pinto que, na época, cobrava cerca de R$ 450 mil.

Em outubro, entretanto, após uma série de tentativas de embargo do leilão por parte do Paraná, a Seagull desistiu da compra da Vila Olímpica e o local voltou a ser de posse do clube.