A continuidade do grupo Paranistas do Bem no comando do Tricolor ganhou um obstáculo nesta segunda-feira. No próximo dia 23 de setembro, data da eleição da nova diretoria do clube, a chapa de situação, denominada Reconstrução Tricolor, ficou sabendo que terá concorrência nas urnas. Apesar de ter minimizado o principal drama enfrentado na Vila Capanema nos últimos anos – os salários atrasados –, a má campanha da Série B pode pesar no resultado do embate eleitoral.
Leonardo Oliveira, candidato do Paranistas do Bem, admitiu que o desempenho no campo é um fator importante na disputa por votos dos 1.320 sócios que se registraram no colégio eleitoral. “Pode atrapalhar, pois, infelizmente, o que planejamos e montamos até esse momento não trouxe os resultados esperados. É uma situação que, dentro de campo, o time está trabalhando para resolver”, admitiu, para depois ressaltar que a cúpula tricolor tem dado todo respaldo aos atletas. “A tranquilidade que eles têm para trabalhar é ímpar no Paraná nos últimos anos. A gente não desistiu. O Fernando Diniz vem fazendo um bom trabalho e o grupo está fechado”, garantiu.
O grupo que Oliveira representa tem o aporte financeiro do empresário Carlos Werner. Depois de intensa pressão, o Paranistas do Bem assumiu o comando do Paraná, em março, em consequência do pedido de renúncia do presidente eleito, Rubens Bohlen. A promessa era de manter os salários em dia e conseguir o acesso no fim do ano. Cinco meses depois, não se falou em greve dentro do elenco, mas a volta à elite parece distante. O time é o 16º colocado, com os mesmos 23 pontos do Boa Esporte, primeiro time da zona de rebaixamento. No domingo, levou uma incrível virada nos acréscimos do jogo com o Ceará, lanterna do torneio, perdendo por 4 a 3.
Confira a entrevista concedida por Carlos Werner em junho
O possível fracasso do time dentro de campo é o trunfo dos opositores. A inscrição da chapa Paraná, clube do futuro, que tem como candidato a presidente o ex-presidente do Conselho de Obras, Erivelto Luiz Silveira, e como figura de destaque o ex-dirigente Ricardo Machado Lima, criou mal-estar nos bastidores e a tensão ficou explícita entre os integrantes do Paranistas do Bem. Nos discursos, porém, nada de declarações polêmicas.
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“Ter uma chapa de oposição é importante para o futuro do clube, é salutar para o momento do Paraná”, desconversou Oliveira, instantes após a inscrição das chapas. “Esperamos que seja eleita a melhor proposta. O clube não pode depender de ninguém. Tem de ser autossuficiente, essa é a meta”, disse o cabeça da chapa Reconstrução Tricolor.
Tom parecido com o adotado pela oposição. “Somos uma chapa que quer mostrar legitimidade dentro do clube, demonstrar que o Paraná não pertence a apenas um grupo, mas é de todos os associados. São pessoas que amam o clube e um grupo que tem coesão de ideias, uma diretoria que falará a mesma língua”, comentou Machado Lima. Em viagem, Erivelto Luiz Silveira não quis se aprofundar nos comentários sobre a candidatura. Disse apenas que é um grupo “sensato, pés no chão e que vem trabalhando junto há muito tempo” e que espera que “o clube não passe no futuro pelo que está passando atualmente”.
Nas próximas semanas, as duas chapas concorrentes prometem convocar os torcedores e a imprensa para detalhar os planos de candidaturas e os projetos para tocar o Paraná nos próximos três anos.
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