| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

A torcida organizada Fúria Independente, do Paraná, publicou nesta quinta-feira (12), através da sua conta do Facebook, uma manifestação dura a alguns jogadores, torcedores contrários a venda da sede social da Kennedy e também estabeleceu um prazo à atual gestão do clube resolver os problemas dentro de campo.

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“Se não correr, não lutar, o bicho vai pegar. Terão que correr, nem que seja na marra”, diz em um trecho do “desabafo”. “Já estamos de saco cheio de jogador bunda mole. O risco de cair apareceu por única e exclusiva da falta de vontade de desses pangarés”, segue.

O ponto de partida da manifestação foi a venda do patrimônio paranista, fato que divide torcedores e associados. Para a Fúria, não há o que contestar: vende a sede ou acaba com o futebol.

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“Vamos lá. A CBF comunicou todos os clubes que as CND’S (Certidões Negativas de Débitos) serão obrigatórias para disputar todos os campeonatos regidos por ela. Isso significa quitar ou parcelar todas as imensas dívidas trabalhistas, fiscais e tributárias do clube. Em decorrência disso e pelo tamanho da dívida, temos duas opções: ou acabamos com o social, ou com o futebol. Após 25 anos de gestões amadoras, a única solução que nos resta é vender mais um patrimônio e, mesmo assim, vemos muitos torcedores contra a venda da sede social. Pergunta: vocês serão fracos como os torcedores dos sete times que nos deram origem que deixaram eles acabarem? Por um clube social sucateado e falido frequentado por meia dúzia de saudosistas que, na sua esmagadora maioria, nem torcem pelo Paraná? NÓS NÃO VAMOS. E VOCÊ?”, traz a postagem.

“Nesse momento somos todos bandidos”, admite gerente do Paraná

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Na sequência, o grupo sai em defesa da diretoria e o grupo Paranistas do Bem. “Nosso time ia fechar as portas em março, daí os caras chegam e colocam mais de 6 milhões, salvam o ano e você ainda mete o “pau”? Entre erros e acertos, botaram a cara pra bater. Não queriam atitude? Deixaram de tapar o sol com a peneira como já estávamos cobrando há anos.”

Mas houve uma ressalva: eleito em setembro, mas diretor financeiro do clube desde março, Leonardo Oliveira foi o alvo. “Um recado para a próxima diretoria: agora vocês têm tempo, coisa que não tiveram para trabalhar este ano. Ou vão mostrar que sabem fazer, ou serão iguais a todos os outros, sem exceção. Prazo de validade: 2016.”

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Na segunda parte do texto, a facção fala da equipe, em tom nitidamente ameaçador. A fraca campanha do time na Série B e o ainda risco de rebaixamento aparecem nas entrelinhas do discurso pesado.

MATEMÁTICA: veja a tabela e riscos dos ameaçados na Série B

“Sabemos que o time foi montado em cima da hora. Sabemos que não é o Paraná que está pagando os jogadores. Sabemos que trabalharam com teto salarial reduzido e que acabou limitando a qualidade do elenco. Mas também conhecemos bem corpo mole de jogador safado. Se não correr, não lutar e não comer a porra da grama, o bicho vai pegar. Não estão recebendo em dia? Não tem uma boa condição de trabalho? Então terão que correr, nem que seja na marra. Já estamos de saco cheio de jogador bunda mole. O risco de cair apareceu por única e exclusiva da falta de vontade de desses pangarés. Agora, se virem nos trinta.”

Até mesmo a torcida foi cobrada. “Também estamos cansados de tanto torcedor chorão, que só sabe reclamar. Como citamos para vocês, a fase é a mais complicada da história. Ou muda ou fecha. Se fizermos a lição de casa nos dois jogos que temos na Vila, tá resolvido. Prefere ir pro estádio ajudar agora, ou quer ficar chorando depois a terceira divisão no Facebook?”