Na busca por pagar os jogadores e funcionários, o Paraná está cada vez mais distante dos R$ 900 mil que ainda tem a receber do patrocínio da Caixa Econômica Federal - já recebeu s R$ 1,1 milhão do restante do contrato. Isso porque, além do dinheiro estar bloqueado pela ausência de certidões negativas, o valor foi penhorado pela Justiça por causa de ações trabalhistas que totalizam cerca de R$ 4,2 milhões.
A Gazeta do Povo teve acesso a um documento obtido pela Rádio Transamérica com uma explicação da Caixa de que, mesmo se o dinheiro for liberado, o montante não será o suficiente para pagar todo o valor penhorado. As ações são de R$ 166 mil, R$ 78 mil, R$ 112 mil e R$ 3,8 milhões aproximadamente.
A mais cara é referente ao meia Hadson, que jogou no Paraná em 2003, entrou em campo apenas uma partida, mas foi dispensado antes do fim do contrato de um ano. Em 2008, o clube já tinha feito um acordo para que o valor a ser pago, de R$ 4,5 milhões, passasse para R$ 1 milhão em 80 parcelas, que começaram em R$ 7 mil e, com reajustes da inflação, atualmente, estavam em cerca de R$ 15 mil.
"O acordo previa que, caso o Paraná atrasasse, o atleta poderia executar pelo valor original", conta o advogado do jogador, Marcelo Ribeiro. "O Paraná atrasou várias vezes, mas chegou um ponto em que o atleta pediu para executar o acordo. Tentamos um novo acordo há dois meses, reduzindo este valor para R$ 700 mil, mas sem sucesso", acrescenta.
Do acordo original de 2008, o Paraná já tinha pago cerca de 70% do valor que devia. No cálculo da nova ação, a Justiça pegou o valor original, reajustado e com juros, e tirou o que o Tricolor já tinha pago, chegando aos R$ 3,8 milhões. "Lógico que ainda há a possibilidade de fazer acordo", garante o advogado.
Marcelo Ribeiro também é advogado do lateral-esquerdo Jean Carlos, dono da ação que obriga o Paraná a pagar R$ 112 mil. "Ele tinha um contrato com o Paraná por três meses e não recebeu um centavo sequer em 2010 e está cobrando o valor integral reajustado agora", explica. As outras ações são do ex-preparador físico Pablo Fernandes e do ex-superintendente Rafael Zucon.
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