Definir o mandatário do Paraná pelos próximos três anos e, de quebra, praticamente selar o destino da sede social da Kennedy.
Essa é a responsabilidade dos 1.127 associados do Tricolor que fizeram cadastro no colégio eleitoral e estão aptos a votar no pleito desta quarta-feira (23), entre 9 h e 20 h, na sede social.
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Na primeira eleição paranista em que os torcedores terão direito a voto, a organizada Fúria Independente decidiu tomar partido. Assim, o candidato da situação, Leonardo Oliveira, deve receber os 150 votos dos filiados à uniformizada que estão aptos ao pleito tricolor.
O candidato da chapa de situação, Leonardo Oliveira, é favorável à venda do local como saída para os problemas financeiros do clube. Segundo Oliveira, a possibilidade de o Paraná ter a sede tomada em um futuro próximo é iminente, logo, é preferível negociar o imóvel a perdê-lo por valor irrisório em um possível leilão.
“A melhor forma de resolver o problema do Paraná seria vendendo, pelo menos, a parte da Kennedy que não é utilizada e autossustentável. Essa seria a melhor solução neste momento”, defende o candidato da chapa Reconstrução Tricolor, que, apesar de seu posicionamento, garante que qualquer decisão neste sentido dependeria da aprovação de uma assembleia de sócios.
A transparência entre diretoria e associados, aliás, é uma das principais bandeiras da campanha de Oliveira. Caso eleito, o situacionista pretende convocar anualmente duas assembleias com a participação dos sócios para expor detalhadamente a realidade tricolor.
Já o oposicionista Erivelto Luiz Silveira, da Paraná, o clube do futuro, nega veementemente a possibilidade de se desfazer do patrimônio. Silveira argumenta que a estrutura deve ser revitalizada e transformada em um moderno complexo, capaz de angariar uma verba mensal significativa para os combalidos cofres tricolores.
“Nossas estratégias para o futuro do Paraná não passam pela venda de nenhum dos patrimônios do clube”, crava Silveira.
Ele aposta ainda no retorno dos ídolos João Antônio, Saulo, Régis, Balu e Adoilson para o dia a dia do clube. “São pessoas com vivência no futebol e identificação com o Paraná que nos ajudarão principalmente nas categorias de base”, promete o candidato, que se ampara ainda na possibilidade de um aporte financeiro vindo da Europa, de um investidor português.
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Os posicionamentos opostos acerca do futuro da sede da Kennedy, portanto, acabam por transformar a eleição em uma espécie de plebiscito sobre a venda ou não da propriedade. Ou seja, além do novo mandatário, os sócios têm a responsabilidade de definir, nas entrelinhas, o futuro de um dos símbolos mais tradicionais da história paranista.