Gionédis não renuncia e oposição protocola pedido de assembléia

O grupo de conselheiros que representa a oposição administrativa no Coritiba, contra o atual presidente Giovani Gionédis, irá protocolar nesta sexta-feira o pedido de convocação de uma assembléia geral de sócios. Caso seja aprovada pela mesa do conselho administrativo, o encontro será utilizado para que os sócios do clube discutam o processo individual de impeachment contra o mandatário Coxa.

Representada publicamente pelo conselheiro Tico Fontoura, a ala oposicionista alviverde acerta os últimos detalhes do documento. "É importante dizer que não estávamos esperando 48 horas para protocolar o pedido. Nossos advogados reuniram os argumentos e estamos esperando a presença dos conselheiros Marcos Hauer e Jurandir Marcondes pra fazer a última leitura do processo", explicou Fontoura.

A mesa do conselho de administração, presidida pelo advogado Júlio Militão – que faz parte do grupo de oposição – irá analisar o pedido e deve deliberar sobre a realização da assembléia, que deve ocorrer em 45 dias. Nesta quarta-feira a oposição organizou uma entrevista coletiva pedindo a renúncia de Gionédis enquanto o documento que pediria o impeachment estava sendo montado. Como até a noite desta quinta o atual presidente não se pronunciou – reiterando que ele fará isso oficialmente em uma entrevista coletiva na próxima semana – o pedido de assembléia será protocolado. A informação, apesar de não confirmada, é de que Gionédis não irá pedir a renúncia. Com isso, e esperando a manifestação da torcida no jogo deste sábado contra o Avaí, o clima deve piorar ainda mais no Alto da Glória. A guerra pode se instalar nos corredores do Couto Pereira, principalmente dependendo do teor dos assuntos que serão abordados na esperada coletiva.

O fim da linha parece estar próximo

Ao tirar um pouco o foco da crise política que o Coritiba vem vivendo durante todo o ano de 2006, com capítulos ainda mais polêmicos nos últimos dias, percebe-se que dificilmente o técnico Paulo Bonamigo continua no comando alviverde no próximo ano. Trazido como "o cara" que levaria o Coritiba de volta para a elite do futebol brasileiro, Bonamigo viu o seu projeto naufragar no último fim de semana.

As informações que surgem diariamente nos bastidores do clube dão conta da saída inevitável do treinador, seja qual for o presidente Coxa para o próximo ano (Veja como está a briga polícia interna do Coritiba). O insucesso na campanha da Série B seria um dos principais motivos de uma possível da saída de Bonamigo, já que dentro da atual diretoria e até da oposição ele não tem críticos muito ferrenhos.

Outro fato que está contribuindo para o desligamento de Bona é a pressão da torcida. Mobilizados, os torcedores preparam uma manifestação para este sábado pedindo a saída de toda a diretoria, de vários jogadores e também da comissão técnica. Mais um ano de trabalho poderia render bons frutos, mas a qualquer resultado negativo a pressão seria inevitável.

Oficialmente, através de sua assessoria de imprensa – já que nem falou com os repórteres após o treinamento desta quinta - Bonamigo disse que não foi procurado por ninguém da diretoria do Coritiba para discutir uma possível renovação, ou até anunciar sua dispensa. Mas, a permanência do treinador esta cada dia mais distante de se concretizar.