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O governo brasileiro, através do Ministério das Relações Exteriores, divulgou nota neste sábado repudiando o atentado sofrido pela delegação de Togo na sexta-feira, na fronteira da Angola. O ataque deixou três mortos e nove feridos - as baixas ainda não confirmadas pelas autoridades.

O ônibus da delegação foi metralhado assim que entrou na província de Cabinda, na Angola, que sediará a Copa Africana de Nações a partir de domingo. O motorista do veículo, um assistente técnico e o porta-voz da equipe não resistiram aos ferimentos e morreram. Além deles, dois jogadores foram baleados.

"O Governo brasileiro condena veementemente o atentado levado a cabo por separatistas do enclave de Cabinda, em Angola, contra o ônibus que transportava a seleção nacional de futebol do Togo", declarou o Ministério.

O atentando foi assumido pelo grupo Frente de Libertação do Enclave de Cabinda (Flec), que busca a independência desta região petrolífera da Angola. Os separatistas, porém, assinaram um acordo de paz com o governo angolano em 2006 em troca de uma autonomia especial para a área.

A motivação política do grupo também foi criticada pela chancelaria brasileira. "O Brasil, além de repudiar o uso da violência, deplora que atletas e eventos esportivos sejam utilizados como alvo para a promoção de objetivos políticos. O Governo brasileiro expressa sua solidariedade aos povos togolês e angolano".

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