O diretor de operação da Secretaria Extraordinária para Segurança de Grandes Eventos do Ministério da Justiça, José Monteiro, afirmou na tarde desta sexta-feira que o governo federal espera manifestações durante a realização da Copa das Confederações e garantiu que o "direito constitucional ao protesto" não será violado. Nas seis cidades que serão sede dos jogos do torneio, 54 mil agentes (policiais federais, militares e guardas municipais, entre outros) vão trabalhar na segurança pública.
"No entorno dos estádios, o único ponto onde serão proibidas as manifestações é a partir do local de restrição de acessos, onde para entrar é necessário ingresso, convite ou credencial", garantiu Monteiro, durante entrevista coletiva organizada pelo governo federal, no Forte de Copacabana, no Rio, sobre o esquema de segurança e defesa montado para a Copa das Confederações, que começa neste sábado.
"As manifestações estão contempladas no nosso planejamento. Estamos preparados, sempre com o primeiro objetivo de garantir os direitos dos manifestantes", afirmou o diretor do Ministério da Justiça.
Monteiro não quis comentar a violência de alguns policiais contra manifestantes e jornalistas na manifestação ocorrida na noite de quinta-feira em São Paulo. "Neste momento, não podemos falar qualquer coisa. É necessário esperar a apuração dos fatos para verificar se houve algum excesso por parte da polícia ou de algum manifestante", explicou.
Segundo ele, o "papel principal" das polícias é garantir o livre direito de manifestação. Perguntado se os protestos seriam proibidos durante a Copa das Confederações, Monteiro esclareceu: "Não sou eu que digo que estão liberadas, é a Constituição Federal".
O investimento do governo federal na segurança pública para a Copa das Confederações e a Copa do Mundo de 2014 será de R$ 1,17 bilhão. De acordo com Monteiro, R$ 562 milhões foram executados no ano passado, cerca de R$ 500 milhões agora em 2013 e o restante em 2014.
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