Simulação da Guarda Municipal com a Polícia do Exército visa preparar os agentes para jogos locais| Foto: Aniele Nascimento / Agência de Notícias Gazeta do Povo
Policiais à paisana fizeram o papel de desordeiros e chamaram os guardas municipais para a briga
Próximo passo é qualificar agentes motociclistas para trabalharem na segurança de partidas de futebol
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A Guarda Municipal de Curitiba apresentou manhã desta sexta-feira (29), na Arena, o primeiro grupo treinado para agir em caso de distúrbios na Copa do Mundo de 2014.

Preparado pela Polícia do Exército, e contando com 31 guardas e equipamento específico, o comando já passará a atuar nos grandes jogos na capital e eventos de mesmo porte.

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"A Guarda Municipal tem sido chamada para combater o crime já há algum tempo. Agora eles estão efetivamente especializados para dar mais tranquilidade para a nossa população", afirma o secretário municipal de Defesa Social Marcus Vinícius da Costa Michelotto. Ao final do ano passado, o Paraná sofreu com o pior episódio de violência já registrado no estado, com a invasão do gramado do Couto Pereira, quando do rebaixamento do Coritiba para a Segunda Divisão. Este ano, em uma triste rotina, também foram verificadas confusões nos clássicos, além de graves embates na rua entre organizadas de clubes distintos e até mesmo de fãs do mesmo time.

O novo contingente atuará somente em espaços públicos – terminais de ônibus e praças, por exemplo – mas poderá ser chamada a intervir se necessário. O efetivo será reforçado até o início da Copa. "Os guardas preparados serão multiplicadores do conhecimento adquirido. Realizaremos ainda outros treinamentos. É apenas o início de uma preparação", complementa Michelotto.

Durante toda a manhã, foram realizados exercícios nas dependências da casa do Furacão – escolhida pela cidade para sediar as partidas do Mundial. Oportunidade em que a imprensa pôde acompanhar um pouco do trabalho que o grupamento está em condições de praticar.Uma das movimentações simulou o confronto com torcedores nas arquibancadas. Voluntários do exército "enfrentaram" os guardas, atirando bexigas com água como se fossem pedras e bombas – e bem ao estilo dos vândalos, chegaram a entoar um "vem na mão".

Em linha, o comando avançou pelas cadeiras da Baixada dissipando a "distúrbio", protegidos por escudos, capacetes, cacetetes, joelheiras e tornozeleiras. Além disso, alguns dispunham de armas calibre 12 com munição não-letal (50 oficiais foram capacitados para esse fim) e gás de pimenta.

Cães também poderão ser utilizados. E, na segunda semana de novembro, policiais motociclistas serão treinados para agir em situações de confronto – o veículo é considerado fundamental, pela facilidade de deslocamento e abordagem.

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Os guardas ficaram aquartelados durante uma semana no Pinheirinho, dedicados ao curso de Controle de Distúrbio Civil (CDC). "Pudemos passar a doutrina, a técnica e a tática, além de atributos da área afetiva, como a camaradagem, desenvolver a coragem e o espírito de direção. Tudo para proteger o cidadão e o patrimônio público", revela o major Edmar Cordeiro, comandante da Polícia do Exército.