"Green Hell" da torcida Coxa coloriu a vitória sobre o Palmeiras| Foto: Divulgação / Coritiba FC

Vejo os gols das partidas da dupla Atletiba na noite de quarta-feira do Brasileirão

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FICHA TÉCNICA: Confira os lances e detalhes de Coritiba x Palmeiras

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Mercado da Bola Coxa

O diretor de futebol do Coritiba, João Carlos Vialle, falou logo após o jogo sobre o "mercado da bola" do Alviverde. As atenções dos torcedores estão voltadas especificamente para a situação da dupla de "Paraíbas". A renovação de Marcelinho está próxima de se concretizar.

Em entrevista à rádio Transamérica, Vialle afirmou: "As negociações estão correndo bem. Estamos com tudo 95% , até 99%, acertado. A não ser que surja um fato novo e inesperado ele renova e fica até 30 de junho de 2010. O jogador, logo ao final da partida, disse que até sexta-feira tudo se resolve.

Já o caso envolvendo Carlinhos não deve ter um desfecho feliz. O jogador repetiu o discurso de outros jogadores que acabaram saindo do Coxa sem render quase nada afirmando que pretende cumprir o seu contrato até o fim, com profissionalismo e dedicação.

O dirigente manteve o discurso pessimista. "É complicado. Ele recebeu uma excelente proposta, mas não aceitou. Vai jogar até o fim do seu contrato e iremos procurar um outro jogador do mesmo nível. Enquanto isso, vai que chegamos a um acordo e renovamos. Nunca se sabe".

Vialle confirmou a renovação com o zagueiro Demerson e sobre outros jogadores que foram oferecidos ao clube. "O Flávio (ex-zagueiro Coxa em outras ocasiões), o Henrique Dias (também ex-atleta Alviverde) e outro jogador, que prefiro não comentar por ele estar em time grande do Brasileirão, conversaram coma gente. Vamos esperar o Ney Franco analisar o elenco para decidirmos qualquer coisa".

Paraiba marcou seu décimo gol no Brasileirão e assumiu a artilharia, além de garantir a vitória do Verdão
O jogo foi pegado, de forte marcação. O Coritiba lutou até o fim e foi premiado com gol aos 45 minutos do 2º tempo e a vitória sobre o líder
Gramado molhado prejudicou a técnica do jogo, mas tornou a forte marcação a estrela da noite
Marcelinho Paraíba ajeitou a bola na cobrança de pênalti aos 45 do 2º tempo...
... e foi para o abraço, seguido por Thiago Gentil (que foi quem sofreu a penalidade)...
O abraço caloroso no fim demosntoru a uniao do grupo alviverde

Foi no sufoco, mas o Coritiba começou com vitória sua participação no 2º turno do Brasileirão. Contra o Palmeiras, nesta quarta-feira (19), no estádio Couto Pereira, o Coxa foi valente, lutou até o fim e não deixou de acreditar. O prêmio a toda essa dedicação veio aos 45 minutos do 2º tempo, pelos pés do novo artilheiro do campeonato Marcelinho Paraíba (com dez gols), que converteu uma penalidade e garantiu o triunfo da equipe por 1 a 0, quebrando uma invencibilidade de seis jogos do time palmeirense.

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A atuação do Coritiba mostrou o novo cartão de visitas da equipe no Brasileirão. O Coxa de Ney Franco marca muito, luta e no fim sorri. "Valeu a pena (ter cortado a cabeça em uma dividida). Hoje começamos um segundo turno diferente, com atitude, uma nova mentalidade. Temos qualidade e não era para estarmos onde estamos na classificação. Provamos que vamos sair dessa e vamos em busca de mais coisas ainda neste Brasileirão", resumiu Pedro Ken.

Com o resultado o Coritiba chegou aos 22 pontos, na 14ª colocação. Na próxima rodada o time paranaense enfrenta o Santo André, sábado (22), a partir das 18h30, no estádio Bruno José Daniel. Já o Palmeiras (que segue líder, com 37 pontos) recebe o Internacional no Parque Antártica, também no sábado às 18h30.

A festa

Se não conseguiu repetir a mesma mobilização de pessoas (16.381 pagantes) das duas edições anteriores do "Green Hell" (inferno verde), pelo menos o espetáculo de cores e luzes honrou a já consolidada tradição da torcida. Assim que os jogadores pisaram no gramado, milhares de pisca-piscas e sinalizadores foram acionados, proporcionando uma bela paisagem no Couto Pereira.

O jogo

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Contudo, o Coritiba não começou o jogo no mesmo ritmo da torcida. Se nas arquibancadas a festa e a empolgação eram muito grandes, no gramado o nervosismo e a falta de sintonia deixaram o Alviverde paranaense confuso e pouco produtivo. O Palmeiras aproveitou os minutos iniciais para tentar pressionar, mas só conseguiu criar chances, pelo menos nos primeiros minutos, em lances de bolas paradas.

Aquele entrosamento visto contra o Fluminense não subiu ao gramado. O time da casa encontrou muita dificuldade para trabalhar as bolas pelo meio e pouco ousou pelos lados. A falta de encaixe nas trocas de passes foi um problema, tanto que na primeira vez em que ela aconteceu, o Coxa quase marcou. Pedro Ken cruzou, Bruno ajeitou e Marcelinho chutou com força, por cima da meta de Bruno, apenas aos 22 minutos de jogo.

Coxa evolui

Aos poucos o Coritiba melhorou. Na base da insistência e na tentativa de tocar a bola de pé em pé, o time da casa cresceu de produção. O Palmeiras tentava chegar sempre pelos pés de Cleiton Xavier, destaque do time paulista em campo, mas encontrava muita dificuldade. "É um jogo muito difícil. Sabíamos que seria assim. Temos que ajustar a marcação e não deixar eles gostarem do jogo, senão a torcida empurra e fica mais difícil", explicou o zagueiro palmeirense Marcão.

Ortigoza invadiu a área Coxa com perigo aos 30 minutos e chutou cruzado, assustando o goleiro Edson Bastos. Logo depois, em uma jogada no meio de campo, Pierre – que minutos antes tinha recebido cartão amarelo por reclamação – deu uma entrada dura em Bruno Batata e foi expulso. Com um a mais em campo, o Coritiba cresceu ainda mais.

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Aos 34 minutos os anfitriões não abriram o placar por muito pouco. Após grande jogada pela esquerda, Bruno Batata deixou o zagueiro Danilo na saudade e cruzou com capricho. Márcio Gabriel, sozinho, da entrada da área, chuta com força, mas inacreditavelmente erra o gol. "Infelizmente caiu no pé ruim. Espero que tenha mais uma chance e aí sim vou aproveitar", disse o jogador.

O Coxa teve ainda uma outra boa chance na cabeçada de peixinho de Marcelinho, mas Bruno fez grande defesa aos 42. No fim do primeiro tempo, Leandro Donizete - que já tinha amarelo - cometeu falta dura e acabou expulso, deixando o jogo em igualdade numérica.

Segundo tempo corrido e pegado

Para os 45 minutos finais, nenhum dos treinadores quis mexer em suas equipes. Muricy Ramalho, ainda no primeiro tempo, precisou recompor o sistema de marcação e colocou Jumar no lugar de Daniel. O jogo prometia muita emoção no segundo tempo. "Temos que tomar cuidado. Foi um jogo bom até agora e deve ficar ainda mais aberto com as expulsões", previu o goleiro Bruno.

E ele estava certo. Embora os primeiros 20 minutos da etapa não tenham tido grandes emoções, o jogo esquentou na sequência. Primeiro a boa chance surgiu pelos pés de Cleiton Xavier, sempre ele. O atacante recebeu a bola, conduziu na frente dos zagueiros e chutou forte para grande defesa de Edson Bastos. A resposta veio aos 24, quando Marcelinho Paraíba enganou o marcador pela esquerda e chutou por cobertura, no travessão de Bruno.

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Árbitro na mira da torcida

Dois lances seguidos provocaram a ira do torcedor Coxa, ambos com a participação de Marcos Aurélio. Aos 28 o atacante chegou à linha de fundo, cortou para o meio e na dividida com Armero foi ao chão. A torcida chiou, os jogadores foram à loucura, mas o árbitro Pericles Bassols Cortez nada marcou. Logo depois, aos 30, Marcos Aurélio chutou cruzado da direita e a bola explodiu em Marcão. Os jogadores pediram mão na bola, mas Cortez deixou o jogo seguir.

A redenção

Em uma dividida dentro da grande área entre Thiago Gentil e Marcão, o atacante Coxa cai na área e dessa vez não teve jeito. Pênalti para o Verdão aos 45 minutos do 2º tempo e cartão vermelho para Marcão. Na cobrança, Marcelinho Paraíba chutou com capricho e categoria, nas redes do goleiro Bruno, arrancando o grito da galera e pondo justiça no placar. Com o gol desta noite, Paraíba assumiu a artilharia do Brasileirão, com dez gols, ao lado do atacante Adriano, do Flamengo.

No fim, Pereira, em falta providencial para evitar que o time paulista chegasse ao empate, também recebeu o cartão vermelho.

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