O técnico Marcelo Oliveira foi apresentado na tarde desta terça-feira na Vila Capanema, ao lado de Aramis Tissot, vice-presidente de futebol do Paraná, e de seu auxiliar-técnico, Cleocir Santos (Tico). No primeiro contato oficial com a imprensa, o treinador falou do novo desafio na carreira e que foi contratado pelo Tricolor para reestruturar o departamento de futebol. Para tanto, Oliveira aposta, principalmente, na integração entre o elenco profissional e as categorias de base.
Qual o seu sentimento ao chegar no Paraná?
Gostaria de manifestar o meu entusiasmo, a minha satisfação e até honra de trabalhar em um grande centro como é o estado do Paraná. E, principalmente, em um clube de grande tradição, que embora tenha 20 anos já conquistou grandes títulos, tem uma torcida empolgante, que é presente e fiel. Estou super feliz, empolgado, vou me empenhar ao máximo para que a gente faça uma grande temporada e atinja os objetivos.
Você sempre trabalhou em Minas Gerais (Atlético-MG e Ipatinha). Como é sair pela primeira vez?
Todos sabem que eu tenho a minha formação no Atlético-MG, primeiro como atleta, depois Botafogo e seleção brasileira de base e principal. E como técnico também o Atlético-MG, são vários anos. Primeiro trabalho de revelação e formação de jogadores. Na equipe principal passei por seis vezes, trabalhei como auxiliar também de vários técnicos. Um momento novo para mim, sair de Minas Gerais, ampliar o conceito que eu tenho lá, e nada melhor do que um clube como o Paraná. Eu tinha o desejo de sair. Diria que estou com o olho brilhando para já começar o trabalho.
Qual é o projeto do Paraná?
É um projeto de reconstrução. A referência das pessoas que estão no Paraná. É um projeto interessante, fazer um time cada vez mais vencedor, e uma integração com a base. É o caminho para qualquer clube.
O clube passa por dificuldades financeiras. Diante disso, como será remontar o elenco?
O tempo é curto para a primeira competição, mas o entusiasmo é muito grande. Vários jogadores que vinham jogando acabaram saindo, outros estão negociando, vamos ter de buscar atletas no perfil do Paraná. Jogadores competitivos e de boa técnica. De qualquer forma, se o Paraná tivesse feito um ano muito bom, todo trabalho exige atenção. A ideia é que teremos um ano difícil. Tenho certeza que formaremos um time competitivo. Muitos clubes brasileiros têm dificuldade para montar o time. O importante é investir bem, em jogadores que possam dar retorno, ter jogadores com currículo comprovado e usar jovens jogadores. Fiz isso no Atlético-MG com muito êxito, com Serginho, Renan Oliveira, Leandro Almeida, jogadores desconhecidos que se tornaram bons valores.
Você sempre pegou trabalhos em andamento. Será muito diferente desta vez?
É diferente e mais interessante, embora o Paraná não tenha uma base deixada. Temos muitos contatos e vamos tentar formar uma equipe competitiva. No Atlético-MG eu fui interino, passei por todas as categorias, efetivado quase sempre em situações difíceis, como no ano passado, que estava em 16º lugar e conseguimos tirá-lo do rebaixamento. Mas é um início, algo que eu almejava, fazer a pré-temporada, trazer jogadores que eu confio, pode ser mais proveitoso.
É possível conciliar essa remontagem com a pressão por resultados?
O futebol é um desafio constante. Como jogador tive vários, como técnico também vou ter. Esse campeonato brasileiro mostrou muito isso, com treinadores novos que chegaram, a disputa até o final. A pressão é constante. Vamos trabalhar de acordo com o que o clube pode oferecer e tentar a utilização de jogadores jovens. Isso só me empolga e me dá forças.
Ajudar trabalhar ao lado do Tico (Cleocir Santos), alguém que já conhece o clube?
O Tico já vem comigo há algum tempo. Primeiro trabalhei com ele como técnico, ele como coordenador, depois trabalhamos na equipe do Levir Culpi que subiu o Atlético-MG para a Primeira Divisão em 2006. Um amigo pessoal e um profissional experiente que já trabalhou em grandes clubes do Brasil.
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