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Marcinho conduziu Furacão à vitória | Albari Rosa / Gazeta do Povo
Marcinho conduziu Furacão à vitória| Foto: Albari Rosa / Gazeta do Povo

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  • Jogadores do Atlético aderiram à campanha
  • Wesley marcou o 3º gol do Furacão e foi determinante para a vitória, jogando bem o tempo todo
  • Guiñazu foi valente, mas não o suficiente para evitar a derrota do seu time para o Atlético
  • O goleiro Vinícius teve atuação destacada no jogo e não falhou em nenhum dos gols
  • Waldemar Lemos foi muito bem ao mudar o esquema tático do Furacão. Deu certo e deve se repetir na próxima rodada
  • Já Tite viu seu cargo ficar mais uma vez ameaçado. O presidente do Inter desmentiu os rumores e garantiu sua permanência
  • Marcinho foi o nome do jogo. Marcou dois gols e deu passe para o terceiro, além de ter mandado uma bola na trave

Com um futebol renovado e alegre, o Atlético Paranaense venceu o até então líder Internacional por 3 a 2 neste domingo (12), na Arena da Baixada, e deixou a zona do rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Mesmo saindo em desvantagem (Nilmar abriu o placar aos 9 minutos), o Furacão teve disposição e competência para buscar o resultado, uma importante e reabilitadora vitória.

Um dos melhores em campo foi o atacante Marcinho. Além de ter marcado dois gols, o meia-atacante deu o passe para o terceiro e ainda acertou uma bola na trave nos minutos finais.

"Hoje tudo correu conforme o que trabalhamos. Quando você trabalha forte, às vezes até acima do seu limite físico, as coisas acontecem. Hoje aconteceu e espero dar continuidade a esse trabalho nos próximos jogos", afirmou.

O meia Paulo Baier, um dos principais responsáveis da retomada do Atlético no Brasileirão, analisou o resultado e o crescimento do time. "Representa muito ganhar do líder, do melhor time no campeonato. O resultado nos dá uma confiança muito grande para a sequência que vem aí. Foram cinco jogos, três vitórias e um empate. Sempre confiamos no nosso trabalho".

Para a torcida atleticana não interessou saber que o Inter jogou com quatro desfalques, entre eles o argentino D'Alessandro. No placar, 3 a 2. Na tabela, três pontos.

Com o resultado o Furacão chega aos 11 pontos, na 11ª colocação, enquanto o Inter perde a liderança, ficando com 20 pontos, na 2ª posição. Na próxima rodada o Furacão vai até Santo André para enfrentar o time da casa, quarta-feira (15), a partir das 21h. O Colorado recebe o Fluminense, às 21h50, no Beira-Rio.

O jogo

Um começo de jogo muito equilibrado. Como era de se esperar, o Inter conseguiu levar a campo a regularidade de um time bem montado e entrosado, vice-campeão da Copa do Brasil e líder do Brasileirão. Já o Furacão, modificado em sua estrutura tática (passou do 3-5-2 para o 4-4-2, com Rhodolfo e Rafael Santos fazendo a dupla de zaga), se portou bem na nova formação e conseguiu trabalhar a bola com eficiência e rapidez pelos lados do campo.

Contudo, no que se revelaria um raro momento de desatenção do Furacão na primeira etapa, o Inter abriu o placar. Aos 9 minutos, Nilmar pegou uma sobra de bola na entrada da área e arriscou o chute no canto direito do goleiro Vinícius. A bola desviou em Rhodolfo e matou o camisa 1 atleticano - que já se preparava para saltar.

O lateral Bolívar já sabia que segurar o placar não seria fácil, principalmente pela voluntariedade que o Atlético demonstrava em campo. "Está difícil. São jogadores de velocidade, que exigem o máximo da nossa atenção. Temos de aproveitar as chances nas escapadas do Nilmar e do Taison para conseguir a vitória", disse.

Mal sabia Bolívar que o Atlético tomaria conta do jogo e deixaria o contra-ataque como única opção para os visitantes. Marcinho, um dos melhores atleticanos em campo, reforçou as qualidades do seu time e explicou por que logo em seguida a equipe chegaria ao empate. "Nosso time hoje é mais veloz na frente. Conseguimos ter uma pressão e uma movimentação muito maior, dando opções para o Baier e os laterais colocarem as bolas na área, criando mais chances de chegarmos ao gol".

Aos 31 minutos do 1º tempo, o próprio Marcinho deu sentido a essas palavras. Em uma descida pela direita, Wallyson conduziu a bola em grande jogada, fez a finta sobre a marcação e cruzou baixo no primeiro pau. Marcinho se antecipou ao marcador e escorou para as redes de Lauro, que pego de surpresa, nada pôde fazer para evitar o empate.

Dividindo os louros do gol, Wallyson destacou a importância do resultado parcial no caminho para os vestiários. "Com certeza o importante é que fizemos o gol. Esperávamos um grande jogo e vamos em busca disso".

Só deu Atlético no segundo tempo

Satisfeito com o desempenho do time na primeira etapa, o técnico Waldemar Lemos manteve a mesma escalação para os 45 minutos finais. Mesma opção escolhida pelo técnico Tite.

O Furacão voltou para o jogo com o mesmo pique da primeira etapa e o gol da virada saiu no tempo certo. Após um cruzamento aos 12 minutos, Bolívar cometeu um pênalti infantil ao empurrar Wallyson dentro da área. Confiante, Marcinho pediu a bola e com categoria chutou colocado no canto esquerdo de Lauro, que saltou para o lado direito, sem chances de defesa.

O gol incendiou a torcida e injetou ainda mais ânimo nos jogadores atleticanos. Se mantendo como um líder e um dos melhores em campo, dessa vez Marcinho não marcou, mas fez o cruzamento preciso da esquerda direto nos pés de Wesley. Ele dominou dentro da área e na virada chutou forte no canto direito de Lauro, ampliando a vantagem atleticana.

Como em todos os jogos do Atlético, não poderia faltar emoção nos minutos finais. O gol marcado por Alecsandro aos 43 minutos, após, sem marcação, escorar um cruzamento para as redes, criou um clima de euforia. Até o apito final, o torcedor prendeu a respiração e quase soltou mais um grito de gol quando Marcinho acertou a trave de Lauro aos 48. O suspiro veio no minuto seguinte, com a confirmação do placar: 3 a 2 para o Furacão.

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