• Carregando...

O terceiro ouro do conjunto da ginástica rítmica evitou que o quarto dia dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, terminasse sem que o hino nacional brasileiro fosse tocado. As cinco meninas foram as únicas da delegação brasileira a subir ao topo do pódio na terça-feira (17).

O ouro das ginastas comandadas pelas técnicas Camila Ferezin, de Londrina, e a romena Anna Danielyan também manteve o país na segunda colocação no quadro geral de medalhas: ao todo, são 30 medalhas. Além das dez douradas, são nove de prata e 11 de bronze.

Mas os donos da casa encostaram: os mexicanos encerraram o quarto dia de competições com nove ouros, seis pratas e 14 bronzes (total de 29).

Nesta segunda-feira (19), o conjunto da ginástica, formada por Bianca Mendonça, Drielly Daltoe, Elaine Sampaio, Luísa Matsuo, Jéssica Maier e Débora Falda , venceu o concurso com dois arcos e três fitas ao somar 24.775 pontos. Diferença apertada, de apenas 125 pontos sobre as canadenses (prata com 24.650). As norte-americanas ficaram com o bronze (24,625). As brasileiras, que treinam juntas há apenas oito meses, foram campeãs nas três provas que disputaram no Pan.

No individual, a paranaense Angélica Kvieczynski somou uma prata aos três bronzes que já havia conquistado. Ela ficou com a prata na categoria individual por aparelho na apresentação com as maças, usando uma trilha sonora de samba. Com 25.170 pontos, foi superada apenas pela mexicana Cynthia Valdez, ouro com a apresentação que lhe rendeu 25.725 pontos. No final de sua série com a fita um nó no aparelho prejudicou sua apresentação e ela ficou em quarto lugar.

Se faltou ouro, o dia dos brasileiros foi prateado: além de Angélica, o remo, o trampolim e natação ocuparam o lugar intermediário do pódio. O remador João Borges contou com uma ajuda caribenha para chegar à sua primeira medalha em Jogos Pan-Americanos. Sua dupla na categoria dois sem timoneiro é o cubano naturalizado brasileiro Alexis Mestre, veterano de pódios na competição. Ainda defendendo o país da América Central, Mestre conquistou três ouros, em Indianápolis (1987), Havana (1991) e Mar del Plata (1995).

O goiano Rafael Andrade também conquistou prata no trampolim individual. Com 52.265 somados, o brasileiro foi superado apenas pelo canadense Keegan Soen, (55.535 pontos. O bronze ficou com o mexicano José Alberto Vargas, com 21,130 pontos. Outro brasileiro na disputa, Carlos Ramirez Pala, sofreu uma queda e ficou em quinto lugar entre os sete finalistas com nota 12.180. O ginasta teve de sair de maca do ginásio e foi levado ao hospital para exames.

O último segundo lugar brasileiro da terça-feira foi nas piscinas, no primeiro dia em que a natação do país não chegou ao ouro. Thiago Pereira teve de postergar o seu décimo ouro em Pans, que o colocaria ao lado do mesatenista Hugo Hoyama como brasileiro que mais vezes chegou ao topo do pódio em edições da disputa continental.

No centro aquático do Parque Metropolitano, o destaque do Brasil foi o revezamento 4 x 200 metros livre, que chegou atrás apenas das norte-americanas. Joanna Maranhão, Tatiana Lemos, Manuella Lyrio e Jessica Cavalheiro cumpriram a série em 8min09s89, oito segundos acima das campeãs. O México completou o pódio.

Nas finais da natação, o Brasil levou ainda mais dois bronzes. Um com Thiago Pereira, que liderou boa parte da disputa dos 200 metros peito, mas no último quarto não resistiu e permitiu que os americanos Sean Mahoney (ouro, com o tempo de 2min11s62) e Christopher Burckle (bronze, 2min12s60), ultrapassarem. "Foi bom. Não dá para ganhar sempre", disse Thiago, que fechou a prova em 2min13s58.

Joanna Maranhão terminou o dia com mais uma medalha: o bronze nos 200 m medley, com o tempo de 2min15s08. A norte-americana Julia Elizabeth Smit chegou ao bicampeonato com o tempo de 1min13s73, seguida da jamaicana Allia Atkinson da Jamaica (2min14s75).

Daniel Paiola, do badminton, já sabia de véspera que ficaria com o pódio. Classificado segunda-feira(16) para as semifinais, o atleta já tinha garantido o bronze e o primeiro pódio do Brasil na modalidade em Pans. Terça, porém, Paiola foi derrotado na semifinal pelo guatelmateca Kévin Cordón e ficou com o bronze.

No tiro esportivo, o carioca Júlio Almeida foi terceiro lugar na pistola livre. A diferença de pontuação para o medalhista de prata, o americano Daryl Szarenski, foi de apenas um décimo – 640 contra 639,9. O ouro ficou com o guatemalteco Sérgio Werner Sanchez, que somou 648,9 pontos. Essa foi o segundo bronze de Almeida em Guadalajara.

A zebra brasileira do dia foi a dupla de vôlei Alison e Emanuel, que perdeu de 2 sets a 0 (21/19 e 21/11)para os cubanos Gonzalez e Piña. Nesta quarta-feira, os brasileiros precisam vencer os dominicanos Perez e Recio para avançar às quartas de final. "A gente errou muito, principalmente no ataque", afirmou o paranaense Emanuel, que tenta o bicampeonato e no Pan, após a derrota para os cubanos.

Juliana e Larissa não deram chance para as compatriotas de Fidel Castro. As brasileiras, que entraram em quadra com a vaga nas quartas de final asseguradas por antecipação, venceram as cubanas Niriam Sinal e Onayamis Sinal por 2 sets a 0 (parciais de 21/16 e 21/13), sem perder nenhum set em três jogos, asseguraram a liderança em seu grupo. Nesta quarta-feira, enfrentam as canadenses Heather Bansley e Elizabeth Maloney.

Outra derrota inesperada foi a da lutadora Natália Falavigna, logo na primeira luta da disputa no tae kwon do. A maringaense levou o combate contra a norte-americana Lauren Hamon, na categoria acima de 67 quilos, para o golden point, mas sem que nenhuma das duas marcasse um ponto decisivo, os árbitros atribuíram a vitória à Lauren. Natália atribuiu a falta de ritmo de competição – desde o bronze na Olimpíada de Pequim 2008, ela não competia em nível internacional. "Tenho ainda quatro semanas para o pré-olímpico", conformou-se. Assim, os tae kown do brasileiro despede-se de Guadalajara apenas com o bronze do paulista Márcio Wenceslau, na categoria até 58 quilos.

O futebol feminino estreou contra a Argentina com uma vitoria por 2 a 0, em jogo decidido ainda no primeiro tempo, com os gols de Thais Guedes e Danielle. A partida foi assistida por crianças das escolas de Guadalajara, que ganharam ingressos da organização do Pan e foram colocadas nas arquibancadas atrás dos gols, estrategicamente para dar a impressão de que havia um bom público. O Omnilife Stadium só não esteva mais vazio porque em seguida as mexicanas iriam jogar.

No handebol masculino, os brasileiros também tiveram uma partida sem sustos. Contra uma Venezuela bastante nova – a equipe nacional foi criada há apenas seis anos -, venceu por 37 a 15 e se classificou com antecipação para a semifinal. Na quinta-feira (20), enfrenta o Chile para assegurar o primeiro lugar no grupo.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]