O Ministério Público do Paraná vai investigar se o quebra-quebra no estádio Couto Pereira após a partida entre Coritiba e Fluminense, no dia 6 de dezembro, na última rodada do Campeonato Brasileiro, trata-se de formação de quadrilha. Na quarta-feira (23), em entrevista coletiva, o promotor de justiça Rodrigo Chemim disse que MP e nem a polícia têm condições de afirmar de que o tumulto foi premeditado. "No momento, ainda não é possível de caracterizar isso (formação de quadrilha), mas nós vamos apurar, a polícia está apurando. Vamos fazer uma análise retroativa para verificar se existe uma estabilidade que possa gerar, tecnicamente falando, um crime de formação de quadrilha. Neste momento não é possível afirmar que aquelas pessoas integram um mesmo grupo", explicou.
De acordo com o artigo 288 do Código Penal, "é a associação composta por mais de três pessoas para o fim de cometer crimes".
Por enquanto, 14 pessoas foram denunciadas pelo MP por delitos que vão desde invasão de campo e lesão corporal até tentativa de homicídio por motivo fútil. Seis foram denunciados por tentativa de homicídio: Adriano Sutil de Oliveira, o Adrianinho, Allan Garcia Barbosa, Gilson da Silva, Reimackeler Alan Graboski (vice-presidente da torcida organizada da Império Alviverde), Renato Marcos Moreira e Sidnei César de Lima. "Isso é um recorte de toda aquela ação lamentável. Temos uma série de outros fatos, que rodeiam aquele episódio central, e que são ainda objeto de investigação", lembrou Chemim.
Além da possibilidade de formação de quadrilha, o Ministério Público e a polícia ainda investigam a agressão sofrida por um funcionário do Fluminense durante a confusão; as ameaças feitas à diretoria do Coritiba; crime de tráfico de drogas; o caso do torcedor que foi atingido por uma bala de borracha e o episódio de uma bomba que atingiu enfermeira Tânia Regina da Silva, de 43 anos. Ela teve três dedos amputados depois que o artefato explodiu na mão dela.
"São episódios conexos, mas cuja investigação prospera mais adequadamente se gente desdobra em investigações isoladas. A ideia foi isolar os fatos e, a partir do isolamento deles, fazer investigações especificamente voltadas para cada um", explicou o promotor Fábio Guaragni.
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