Apesar das caprichadas peças publicitárias de marketing exibidas ao longo dos últimos meses, dos minuetos retóricos e dos discursos inflamados de alguns dirigentes dos nossos principais clubes, que o torcedor não conte com grandes transformações para a próxima temporada.
Basta verificar o singelo currículo dos técnicos escolhidos todos ainda de segunda linha , mas alimentando o edificante propósito de apresentar trabalhos que possam engrandecer os seus portfólios. Ou seja, os dirigentes preferem pagar menos, influenciar mais e oferecer a estrutura de seus respectivos clubes como base experimental para carreiras que podem, ou não, levantar voo e alcançar sucesso no futuro.
Não deixa de ser louvável, afinal já passou da hora de o futebol paranaense criar uma efetiva geração de treinadores capazes, pois continuamos bem atrás do futebol gaúcho, nosso paradigma histórico. Não é à toa que a dinastia gaúcha segue soberana no comando da seleção brasileira com Felipão, Dunga, Mano Menezes e outra vez Felipão, apenas com o curto período do carioca Parreira. São quase dez anos de influência gaúcha na equipe que um dia foi a mais badalada do planeta e hoje, por causa do fraco desempenho dos jogadores nas duas últimas Copas, se encontra na modesta 13.ª posição no ranking da Fifa.
Voltemos ao eternamente emergente futebol paranaense, cujos três maiores times apostam as suas fichas em Marquinhos Santos, Ricardo Drubscky e Toninho Cecílio. Jogadores de peso, por enquanto, quase nada. E a primeira atração do ano será o deficitário Paranaense. Por isso não esperem muito, além de trabalho, sangue, suor e lágrimas.
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Efabulativo: O Atlético faria a sua estreia no Campeonato Brasileiro daquele ano jogando com o Figueirense, em Florianópolis, e o médico e ex-dirigente do clube, Julio Gomel, não poderia assistir à partida, pois estaria participando de churrascada na chácara de um amigo, local que não pegava nem tevê nem celular.
Para evitar a angústia de todo fanático torcedor, ele combinou com o ex-goleiro Ivan Pereira que iria assistir ao jogo em casa para ele ligar no telefone fixo da chácara, apenas informando o autor do gol do Atlético. E assim foi feito.
Seguia animadamente a churrascada quando a mulher do caseiro avisou que o senhor Alex Mineiro havia telefonado para o doutor Julio. Ele agradeceu e disse que mais tarde falaria com o paciente, soltando um frouxo de riso no lado direito dos lábios.
De dez em dez minutos, um novo telefonema, até que a senhora advertiu o médico:
Esse tal de Alex Mineiro deve estar passando mal, afinal foi a quarta vez que ele chamou o senhor!
Resumo: o Furacão venceu por 6 a 2, com quatro gols de Alex Mineiro.
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