Flávio e Gustavo com a taça de campeão: festa que a diretoria atleticana não viu| Foto: Arquivo/ Gazeta do Povo
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Não tem coisa mais anticlímax no futebol do que vencer e não levar. Pior ainda é golear em final de campeonato e não valer nada. Foi assim na decisão do Supercampeonato Paranaense de 2002 – de super só tinha o nome mesmo. Era 2 de junho, véspera da estreia do Brasil na Copa, e o Paraná aplicou um 4 a 1 no Atlético, na Vila Capanema. Título? Que nada. Um 6 a 1 quatro dias antes na Arena cobrou o preço.

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A tarefa já era praticamente impossível: vencer por cinco gols de diferença. O gol de Maurílio logo aos 3 do primeiro tempo até animou a torcida tricolor. Só que o empate de Kléber no finalzinho da etapa inicial distanciou o título. Nem mesmo três gols – de Emerson, Marcio e Dennys – aliviaram a conta. No fim, 7 a 5 no geral para o Furacão.

Apesar da profusão de gols, esse jogo é daqueles que dão a certeza de que os anos passam, mas seguimos no mesmo lugar.

Vamos aos fatos. Quem apitou? Héber Roberto Lopes, então aspirante à Fifa. Reclamações? Os dez amarelos e as quatro expulsões – três do Tricolor e uma do Rubro-Negro – dizem tudo. Qualidade do gramado? Duvidosa. Briguinhas nos bastidores? Tem também. Brigar por aluguel de estádio era coisa do futuro. Atual mesmo era trancar integrantes da diretoria do visitante no vestiário para não subirem para a premiação. E o palavreado? Um "ainda não nasceu homem para me agredir" da boca de Petraglia resume.

No fim das contas, de diferente mesmo, só uma taça em jogo.