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Após o fracasso diante do Bragantino, um dos piores times do campeonato, o Atlético terá a oportunidade de voltar a ganhar como visitante diante do frágil ABC, em Natal. De nada adiantará continuar vencendo em casa se o time não conseguir somar pontos fora. Todos parecem ter consciência disso. Entretanto, se os jogadores não assumirem uma atitude de superioridade, aumentando o grau de responsabilidade e atitude na busca do resultado, fatalmente a torcida atleticana terá nova decepção.

O técnico Ricardo Drubscky confia no desempenho médio desde que assumiu o comando em definitivo – algo em torno de 74% de aproveitamento –, mas o Atlético precisa mostrar mais para não permanecer dependente dos tropeços de São Caetano e Joinville.

A proposta do treinador e dos jogadores deve, necessariamente, ser mais ousada, para que a equipe possa se desprender dos concorrentes mais diretos e entrar de uma vez por todas na zona de acesso.

Racional

De todas as declarações lidas e ouvidas depois da divulgação do manifesto dos jogadores do Paraná reclamando de novo atraso no pagamento dos salários, a mais racional foi a do meia e capitão do time, Lúcio Flávio. Calmo e transparente, Lúcio Flávio expôs com lucidez os dramas vividos pela maioria dos jogadores, especialmente os mais jovens, que dependem dos salários em dia para a sobrevivência pessoal e dos familiares. Como já fez o seu "pé de meia" depois de venturosa carreira, ele se colocou no lugar daqueles que estão iniciando e enfrentam as grandes dificuldades da profissão que abraçaram.

Todos sabem do esforço e da lisura dos atuais dirigentes para tentar manter as contas em dia, mas eles simplesmente não conseguem debelar todas as chamas causadas por incêndios passados. Lamentavelmente, cada vez mais o Paraná se desgasta aos olhos do torcedor e dos investidores em geral.

Aniversário

O Coritiba comemora os seus 103 anos de fundação com muita vitalidade, muitos planos e o amor irrestrito da grande torcida coxa-branca. Gostaria de cumprimentar a todos, mas vou usar o espaço para transcrever uma mensagem do presidente Vilson Ribeiro de Andrade, que não gostou da pequena observação que fiz, anteontem, a respeito da intranquilidade causada pela irregularidade do time no campeonato.

Disse o presidente: "Caro Carneiro, apesar de 40 anos de amizade, parece que você não me conhece. Jamais perderei o meu equilíbrio, pois nem minha doença foi fator de desespero. Não tenho compromisso com o ilícito e condeno a obra da Baixada com dinheiro público. Estou tentando mudar a mentalidade de velhas práticas no Coritiba, mas as resistências são enormes".

Considerei a reação um tanto desproporcional, mas ele falou e disse.

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