Após a quarta vitória consecutiva de Sebastian Vettel, finalmente é possível decretar o grande favoritismo do piloto da Red Bull para a conquista do tricampeonato? Sem dúvida: o alemão está em ótima fase e tem o melhor carro do grid. De quebra, agora tem 13 pontos de vantagem sobre o segundo colocado, faltando apenas três provas para o final do ano.

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Mas, como já escrevi aqui, o único porém é que o segundo colocado é justamente Fernando Alonso. Ontem, no GP da Índia, o piloto da Ferrari deu uma clara demonstração de como está guiando em seu limite para levar a disputa do título até a etapa final, aqui no Brasil, no fim de novembro.

A ultrapassagem sobre as McLarens no começo da prova foi inesquecível. Depois, ainda conquistou a segunda posição quando ultrapassou Mark Webber. Claro, a manobra foi corriqueira, porque o piloto da Red Bull estava com problemas no Kers, perdendo assim significante velocidade na reta.

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A questão toda é que Alonso estava lá para aproveitar-se deste deslize. Se ele não tivesse descontado a cada volta alguns décimos de segundo para tirar vantagem do DRS (quando chegou a menos de um segundo), Alonso não teria condições de se aproveitar de um rival em condição pior. A ultrapassagem em si pode ter sido uma "covardia", mas acompanhar o ritmo da Red Bull é o grande show de Alonso.

Contra o melhor carro da atual fase da temporada, o espanhol faz milagre dentro da atual circunstância de sua equipe. Não que a Ferrari seja um carro ruim, longe disso. Tanto que, após a melhora de Felipe Massa, é comum ver os dois carros vermelhos sempre entre os seis primeiros colocados.

A escuderia de Maranello já está no mesmo patamar da McLaren, que voltou das férias como o melhor carro do grid, mas acabou se perdendo nos últimos GPs. A questão é que Adrian Newey encontrou mais uma de suas soluções mágicas, e não por acaso Alonso creditou a ele o mérito da pole e da vitória na Índia.

Assim como foi em 2010, no primeiro ano de Vettel, será um grande duelo pelo título de 2012, desta vez com Alonso no papel de franco-atirador. Em Abu Dhabi, o alemão deve novamente ser o favorito, mas as duas provas finais devem mesmo ser imprevisíveis, com o novo GP de Austin, onde ninguém sabe ao certo o que esperar, e Interlagos, palco sempre de corridas inesquecíveis (ou malucas mesmo, em bom português).

Vettel, mais do que nunca, segue favorito. Mas Alonso cada vez mais amplia a vantagem no título de show­man de 2012.

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