Enquete: Como você pretende participar dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio?
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Após a quarta tentativa brasileira, o Rio de Janeiro vai sediar os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos em 2016. O anúncio oficial foi feito pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) nesta sexta-feira (2), em Copenhague, na Dinamarca.
Com o projeto mais caro, orçado em R$28,8 bilhões (veja, ao lado, imagens das instalações que o Rio pretende oferecer para os Jogos), a Cidade Maravilhosa deixou para trás Chicago, eliminada na primeira rodada, Tóquio e Madri, derrotada no turno final. Com a conquista, o Rio será a primeira cidade da América do Sul a receber os Jogos Olímpicos. A experiência brasileira em grandes eventos esportivos é pequena. Apenas a Copa do Mundo de futebol de 1950 e o Pan 2007, no Rio. Com apoio popular, o país terá sete anos para se organizar. Os Jogos Olímpicos serão de 5 a 21 de agosto de 2016. Os Jogos Paraolímpicos ocorrem de 7 a 18 de setembro.
Candidatura ganhou fôlego na reta final
Embora tenha recebido a nota mais baixa na primeira inspeção dentre as concorrentes, no quesito técnico o projeto do Rio foi bem recebido. Um das principais críticas está no item segurança.
Veja as principais propostas do Projeto Olímpico Brasileiro
Comoção nacional
Como contraponto, esportistas, políticos e artistas se engajaram na campanha brasileira. A participação do governo federal trouxe à campanha ainda um importante incremento político. O presidente Lula incorporou o lobby pró-Rio 2016 à sua agenda. Até mesmo na negociação da compra dos caças militares alinhavados com a França o apoio dos delegados franceses do COI na eleição de sexta-feira teria entrado na pauta. O próprio presidente admitiu ter enviado cartas a cada um dos delegados do Comitê Olímpico Internacional pedindo votos para o Brasil. No discurso, a transformação da Olimpíada em um marco do desenvolvimento do país.
Atletas também participaram do esforço pela candidatura. Pelé passou a semana em Copenhague. Deu entrevistas, participou de eventos com crianças e serviu como cabo eleitoral mais forte junto aos delegados africanos.
O nadador César Cielo, campeão olímpico e mundial nos 50 m livre e mundial nos 100 m livre, teve o papel específico de encontrar-se com o Alexander Popov. Principal nome da histórias das provas curtas de natação, o russo é um dos delegados do seu país.
Até o escritor Paulo Coelho teve sua parcela de participação. Ele participou de pelo menos um almoço e um jantar com mulheres de membros do COI na busca por votos. O autor de "O Alquimista" e "Diário de um Mago", entre outros, prometeu até dar uma cambalhota em Copacabana no caso de o Rio ser escolhido.
Influência de Nuzman e o fantasma do Pan
A indicação também é uma vitória pessoal do presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Artur Nuzman. Desde que assumiu a entidade, em 1995, o dirigente trabalha para trazer os Jogos para o Rio de Janeiro. Fracassou na tentativa de organizar as edições de 2004 e 2012. Antes, Brasília havia caído na disputa preliminar por 2000.
Como prova de que o Brasil poderia receber os Jogos Olímpicos, Nuzman articulou a realização dos Jogos Pan-Americanos de 2007 no Rio. Bem recebido pelo atleta e pelo público, contudo, o evento teve graves problemas orçamentários e de estrutura, que se tornaram um fantasma para a postulação olímpica.
O orçamento original de R$ 400 milhões foi inflado até chegar a R$ 4 bilhões. Mesmo mais caro, não cobriu obras que comporiam o prometido legado para a cidade, como a despoluição da Baía de Guanabara e melhorias nas vias de deslocamento pela cidade.
Algumas instalações apresentaram problemas constantes, como o provisório estádio do beisebol e do softbol, destelhando inúmeras vezes pelo vento.
Ao longo da candidatura a 2016, foi recorrente o discurso no Comitê e no governo de que os erros do Pan serviriam de aprendizado para a Olimpíada.
Projeto inédito com garantias
O vídeo da candidatura do Rio de Janeiro - um passeio aéreo que ressalta as belezas da Cidade Maravilhosa-, expõe também o que o Brasil tentará disfarçar na Olimpíada de 2016. Para criar a apresentação do projeto brasileiro, que foi exibido nesta sexta-feira em Copenhague, foi chamado o cineasta Fernando Meirelles, principal nome brasileiro do cinema mundial. O diretor foi indicado ao Oscar em 2004 pelo filme Cidade de Deus, rodado no Rio. O conteúdo do novo vídeo é secreto, mas a promessa da delegação é de que a exibição irá impressionar os eleitores do COI.
Os responsáveis pelo projeto brasileiro garantem que as obras serão facilitadas pela realização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Elas estariam também integradas aos planos de desenvolvimento da cidade previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
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