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Bernardinho prega respeito aos italianos, mas acredita que Brasil está subindo de produção em Pequim | Rodolfo Bührer / Gazeta do Povo
Bernardinho prega respeito aos italianos, mas acredita que Brasil está subindo de produção em Pequim| Foto: Rodolfo Bührer / Gazeta do Povo

Você em Pequim: Mande fotos das suas experiências durante os Jogos Olímpicos

Os confrontos entre Brasil e Itália em Mundiais e Olimpíadas

MUNDIAIS1990 – Itália 3 x 2 Brasil – semifinal1998 – Itália 3 x 2 Brasil – semifinal2002 – Brasil 3 x 2 Itália – quartas-de-final

OLIMPÍADAS1984 – Brasil 3 x 1 Itália – semifinal2004 – Brasil 3 x 1 Itália – final

A história do vôlei estará em quadra nesta sexta-feira, às 9h, em Pequim. As duas seleções que mandam na modalidade há duas décadas vão lutar por uma vaga na decisão olímpica, mas com status diferentes.

Atual bicampeão mundial, o Brasil entra como favorito contra uma Itália surpreendente, renovada e que tenta voltar ao topo do planeta. Juntos, os dois países conquistaram os últimos cinco títulos mundiais e 15 das 19 Ligas Mundiais já disputadas. Estados Unidos e Rússia fazem a outra semi à 1h30m.

O técnico Bernardinho fez parte de um dos primeiros capítulos dessa história. Então levantador reserva, ele participou da vitória que botou o Brasil pela primeira vez em uma final olímpica, em Los Angeles-84. Seis anos depois, os times voltaram a se enfrentar na semifinal do Mundial no Brasil. Os italianos venceram, conquistaram o título e iniciaram um domínio que levaria o time a outros dois Mundiais e oito Ligas Mundiais. O último capítulo importante foi um dos mais emocionantes: a vitória brasileira na decisão de Atenas-2004. Para ele, a semifinal tem todas as características de um clássico mundial.

- A Itália vem com moral, confiança depois da vitória sobre a Polônia. Mas a pressão está com a gente, a maior responsabilidade é do Brasil. O equilíbrio é a tônica da competição, não tem como apontar favorito, mas estamos onde gostaríamos de estar. Contra a Itália, não tem relaxamento, é um clássico, mas sinto que o time está crescendo - diz

Os rivais são inimigos íntimos. Seis brasileiros atuaram na liga italiana na última temporada e outros já passaram por lá, como Giba, atualmente na Rússia. Para ele, apesar de tanto conhecimento mútuo, o jogo terá espaço para surpresas.

- Eles estão com um meio-de-rede novo que nós não conhecemos. É um cara que estava na Série B. E também precisamos ver se o Fei (contundido) vai jogar ou não. Ele faz diferença - diz.

O Brasil também tem uma dúvida. Anderson torceu o pé esquerdo em um treino na quarta-feira e pode ficar fora, dando lugar a Samuel como curinga do time.

Para André Nascimento, Itália é quase arrogante

Os jogadores brasileiros concordam que a Itália caiu de nível nos últimos anos, mas acreditam em uma partida complicada, honrando a história dos dois times. Negam favoritismo, apesar de o Brasil ter vencido os últimos quatro jogos e de a Itália não ter convencido em sua campanha em Pequim. Logo na estréia, os italianos quase perderam para a China, adversária que o Brasil superou com facilidade nas quartas-de-final.

- O jogo contra a Itália é sempre diferente. Ainda mais em uma semifinal olímpica. Tudo tem que dar certo. Eles conhecem bem a gente. E nós também sabemos como eles jogam. Tem muita rivalidade. Por isso é um jogo bem difícil - diz o levantador Marcelinho.

André Nascimento pede cautela e mostra um pouco de irritação com o estilo dos adversários em quadra.

- Ainda temos de estudá-los para ver como estão jogando. Eles sempre beiram a arrogância. Eles confiam muito neles independentemente da fase que vivem. Temos que pressionar o tempo inteiro para vencer. É um adversário muito tradicional, mas estamos crescendo a cada partida.

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