- Ansiedade preocupa Zé Roberto mais do que China e torcida
- Márcio e Fábio Luiz vencem Ricardo e Emanuel e disputam o ouro
- "Não foi nosso dia", diz Emanuel após derrota na semifinal
- Márcio e Fábio apostam no saque para final olímpica
- Geórgia quer tirar bronze de Ricardo e Emanuel no vôlei de praia
- Torcida chinesa ensurdece Brasil no vôlei masculino
O Brasil passou fácil nesta quarta-feira pela alta, mas frágil, seleção da China de vôlei masculino, fazendo 3 sets a 0 em um ginásio tomado por bandeiras vermelhas e gritos ensurdecedores da torcida. O resultado abre caminho para o time de Bernardinho pegar na semifinal a Itália, que jogará confiante após tirar a Polônia do torneio.
A Itália, que venceu a forte Polônia por 3 sets a 2, chega sem a pressão do Brasil de defender o campeonato olímpico, disse o técnico brasileiro após o jogo contra a China.
"É um time que tem menos responsabilidade que o Brasil. Queria é jogar com eles com o mesmo tipo de pressão que nós temos", disse Bernardinho.
O capitão da seleção brasileira, Giba, afirmou depois do jogo com a China que é "hora de matar ou morrer".
"Hoje mais um leão foi morto. Falta mais dois jogos e isso me arrepia", disse Giba, que durante o jogo contra os chineses estava tão entusiasmado que em duas ocasiões foi em bolas que não eram suas.
A equipe da China, que veio de uma campanha de duas vitórias e três derrotas, contou com ajuda de sua barulhenta torcida na partida contra o Brasil. Aos gritos de "Jia You China!" ("Vamos China!") a torcida abafou as manifestações do público brasileiro que pontilhou as arquibancadas do Capital Gymnasium e tentou coros como "Brasil, Brasil".
No primeiro set, a seleção brasileira só conseguiu abrir uma vantagem de dois pontos quando o placar marcou 11 a 9, após ponto de saque viagem de Dante.
Com um time mais jovem e mais alto que o brasileiro, a China bem que tentou encostar no marcador com ataques de primeira bola, mas o Brasil foi mais rápido, com Dante abrindo brechas no bloqueio chinês e Serginho fazendo boas defesas.
Depois do enrosco inicial, a seleção de Bernardinho fechou o primeiro set em 25 a 17 em cortada de Anderson. O Brasil fez quatro pontos de bloqueio contra nenhum da China, que manteve o gigante Bian Hongmin, 19 anos e 2,10 metros de altura, colado na rede a maior parte do tempo.
No segundo set, o Brasil recorreu a bombas no saque de Gustavo para dificultar a recepção chinesa. André Nascimento foi outro que se destacou, mas no bloqueio brasileiro.
Com 16 a 8 para o Brasil, a China mandou vários ataques para fora e Gustavo (2,03m) conseguiu bloquear cortada de Bian. A vantagem ainda chegou a 10 pontos, com Giba mandando bombas no saque contra o líbero chinês, Ren Qi.
O Brasil se mostrou ainda mais técnico no terceiro set, não deixando espaço para a China crescer no jogo. No 4o ponto brasileiro, Giba perdeu o tempo de um levantamento na cortada, mas, antes que a bola se perdesse, ele conseguiu dar um tapinha que não pôde ser defendido pela equipe da China.
A torcida chinesa voltou com seus urros ensurdecedores quando Yuan Zhi, escaldado com os toquinhos do time de Bernardinho, deu o troco marcando ponto para a China. Mas o marcador em 12 a 6 para o Brasil deu força para os brasileiros da arquibancada gritarem o clássico "Eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor".
Bernardinho tirou Giba e colocou Rodrigão (2,05 m) e no lugar de André Nascimento pôs Samuel (2 m), aumentando a altura do bloqueio do Brasil e dando uma folga para o capitão da seleção brasileira, que vem de tendinite crônica no ombro direito. Segundo o treinador, as trocas aconteceram para dar ritmo de jogo aos reservas e também uma preparação para a Itália.
Deixe sua opinião