Decepcionado com o revés na estréia nas Olimpíadas de Pequim, o técnico da seleção brasileira feminina de basquete, Paulo Bassul, não foi econômico ao enumerar os erros de sua equipe na derrota por 68 a 62 diante da Coréia, na prorrogação.
"Estávamos com o jogo nas mãos e não tivemos tranqüilidade para fechar e sair com a vitória. Um time que erra 28 passes não pode querer vencer. Além disso, nos dois minutos finais, cometemos erros infantis, com faltas desnecessárias. Se a defesa conseguiu o seu objetivo, o ataque deixou a desejar", lamenta Bassul, em comunicado enviado pela CBB.
O Brasil teve sete pontos de vantagem a menos de três minutos do fim, mas permitiu a reação das coreanas, que empataram com dois lances livres de Younah Choi, com apenas 21 segundos no relógio. No lance seguinte, Claudinha bateu para dentro e conseguiu fazer um passe para Micaela na lateral. A ala arremessou, mas a bola quicou no aro e saiu.
Na prorrogação, o Brasil perdeu o controle. Mais calmas, as coreanas dominaram o placar e fecharam a partida sem dificuldade.
"Não conseguimos impor nosso ritmo de jogo e não soubemos aproveitar a vantagem de sete pontos. Infelizmente, erramos muito e no basquete quem erra demais acaba perdendo. Vamos levantar a cabeça e pensar na Austrália. Cada jogo é uma história e ainda podemos inverter esse quadro", diz a pivô Kelly.
O próximo desafio brasileiro é bem mais complicado que o da estréia. Na segunda-feira, às 11h15m (de Brasília), o time pega a Austrália, atual campeã do mundo.
"Austrália e Rússia serão partidas de superação. Precisamos vencer uma das duas equipes. Letônia e Bielorrússia são jogos que temos obrigação de ganhar", analisa Bassul, sobre os outros rivais do grupo.
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