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Robson Conceição já encarou os principais lutadores do mundo no caminho até a final do peso-leve nos Jogos do Rio | YURI CORTEZ/AFP
Robson Conceição já encarou os principais lutadores do mundo no caminho até a final do peso-leve nos Jogos do Rio| Foto: YURI CORTEZ/AFP

O baiano Robson Conceição pode conquistar nesta terça-feira (16) o primeiro ouro olímpico do boxe brasileiro. Se derrotar o francês Sofiane Oumiha às 19h15, no Pavilhão 6 do Riocentro, o pugilista de 27 anos chegará à medalha no auge da maturidade esportiva.

Oito anos atrás, o peso-leve (até 60 kg) de Salvador, então com apenas 19 anos, foi eliminado logo na primeira fase dos Jogos de Pequim. Em Londres-2012, mais experiente e favorito ao pódio, experimentou outra decepção na estreia.

As derrotas só impulsionaram o atleta. No ciclo olímpico para a Rio-2016, Robson obteve seus melhores resultados na carreira. Venceu dois Pan-Americanos de boxe e subiu ao pódio em dois mundiais. Não venceu, mas terminou em segundo lugar em 2013, no Cazaquistão, e em terceiro no ano passado, no Catar.

No caminho até a decisão o brasileiro bateu rivais duros. O atual tricampeão mundial Lázaro Alvares, de Cuba, ficou pelo caminho na semifinal. Nas quartas, foi o uzbeque Hurshid Tojibaev, vencedor da última edição do Aiba Pro, o campeonato profissional organizado pela Associação Internacional de Boxe Amador, quem sofreu com os golpes do brasileiro.

“O Robson já venceu todos os caras mais conhecidos da categoria e agora está maduro”, decreta Luiz Dórea, que treina o baiano desde os 15 anos na academia Champion, em Salvador.

“Ele está em uma condição privilegiada. Tem duas Olimpíadas de experiência, uma condição técnica perfeita e uma condição física muito boa. Veio para ser ouro”, garante.

O boxeador baiano também é conhecido por ser obsessivo pelos treinamentos. Após o triunfo na semifinal, quando garantiu no mínimo a prata, Robson fez questão de ressaltar o quando apanhou dos amigos durante os treinamentos. Segundo Dórea, Robson pede para fazer mais sessões de sparring do que o normal.

Vivência fundamental para o sucesso do peso-leve, que nunca enfrentou o adversário desta terça. “Bobo ele não é”, garante. “Mas sou brasileiro e não desisto nunca. Vou lutar pelo ouro”, completa Robson.

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